segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Brincando de divagar

Brincar é muito bom, ainda mais quando durante a brincadeira conseguimos deixar outras pessoas felizes.
Algumas vezes brinco com as crianças e, acabo deixando que a minha criança interior também brinque.
Outras vezes prefiro brincar com as palavras, fazendo elas irem e virem, transformando reflexões em vida.
Gosto também de brincar de ser sério, ou então, de brincar de ser Eu mesmo.
Ultimamente me sinto como se fosse apenas um pequeno boneco, que faz parte de uma grande coleção de brinquedos chamada Terra. Existem outros vários bonecos parecidos, mas também existem muitos outros tipo de brinquedos dentro desta caixa, que curiosamente é arrendondada.
Vejo que muita gente tem medo de brincar, assim como também percebo que existem muitos que adoram brincar com os sentimentos dos outros.
É uma pena que nem sempre nos permitam brincar de forma sadia, ainda mais quando alguns poucos querem se transformar em donos de todos os brinquedos que existem por aqui. Estes mesmo criam brincadeiras ruins, que machucam e matam, criam brinquedos que destróem as pessoas, mas esquecem que pessoas não podem ser consertadas depois que estragam.
Pensando nisso tudo, eu convido aos meus amigos e pessoas que habitam na casinha de bonecos que tenho no meu coração para que continuem brincando comigo, pois preciso de vocês para que o ato de brincar não perca a graça.

Beijos e abraços a todos.
Muita paz, luz e harmonia sempre.
Carlos Eduardo

Porto Alegre, 15 de dezembro de 2009.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ego X Espírito

Quantas vezes na vida olhamos para trás e percebemos que não fizemos muitas coisas por medo de desagradar aos outros?
Acreditamos nos sonhos dos outros, nas verdades que nos são impostas e deixamos de viver de acordo com nossa vontade.
Quando percebo a quantidade de coisas que muitas pessoas acham importantes para elas e, tentam fazer que sejam importantes para mim também, fico triste.
Esta tristeza vem do fato de eu ter que lutar dentro de mim mesmo, de passar muito tempo travando uma batalha entre o meu Ser e o meu lado racional.
De um lado o meu espírito procurando ser livre, tentando agir de acordo com as minhas verdades e idéias, de outro lado está o Ego, querendo moldar meu Ser para que ele seja "igual" ao restante das pessoas.
Para muitos, minha forma de ser é apenas uma forma de fugir de responsabilidades. Que como todo mundo faz, eu também deveria me render ao sistema.
Passei muito tempo procurando respostas a minha forma de pensar. Hoje em dia, percebo que não preciso de respostas, que só necessito me dar a oportunidade do meu Ser receber o que o Universo tem para dar.
Apesar da enorme dificuldade que encontro para acabar com esta guerra interior, tenho me permitido usar melhor o que faz parte de mim. Deixo que minha intuição me mostre o melhor caminho e, com isso, estou aos poucos abandonando a culpa por ser diferente.
Já houveram tempos em que eu me achava um estranho no ninho, como se não pertencesse a este planeta. Mas hoje me sinto a vontade usando esta roupa carnal. Sei que não sou o único a me sentir assim, que existem outros companheiros de vida que tem a mesma dificuldade de se enquadrar nos ditos padrões sociais.
Ao aceitar isso, posso continuar sendo livre. Posso construir no meu Mundo Interior aquilo que eu vejo como sendo o Futuro do Mundo Exterior.
Este conflito interno é apenas um reflexo do conflito externo, das diferentes disputas que ocorrem em todo o planeta pelo poder.
Meu Ego, representante do aspecto humano, procura através da força e do medo dominar o Espírito. Este, por sua vez, usando o Amor, apenas mostra ao Ego que esta disputa só leva a derrota do Todo, que jamais um dos dois será vencedor nesta batalha, pois os dois são parte de uma única pessoa e, assim sendo, a disputa só serviria para destruir os dois.
Aos poucos o Ego vai perdendo força, vai se rendendo ao Poder do Amor, deixando de querer controlar a situação. Resultando disto um processo de equilíbrio que me permite ter mais tranquilidade para continuar trilhando pelo caminho que escolhi.

Muita paz, luz e harmonia sempre.
Porto Alegre, 25 de Novembro de 2009.

Carlos Eduardo

sábado, 21 de novembro de 2009

O sexo é a semente, o amor é a flor, compaixão é a fragrância.

"Bem pouca gente sabe o que é o amor. Noventa e nove por cento das pessoas, infelizmente, pensa que sexualidade é amor -- não é. A sexualidade é por demais animal; certamente, ela contém o potencial para transformar-se em amor, mas ainda não é amor, apenas potencial..."
"O sexo é a semente, o amor é a flor, compaixão é a fragrância."

Osho

Tenho achado muito interessante a maneira como este assunto tem aparecido com uma enorme frequência na minha vida.
Hoje ele surgiu numa carta do Tarot do Osho, de onde eu copiei estas duas frases que coloquei acima.
Já tem algum tempo que venho formando uma convicção sobre o que é o Amor. Sei que é bem complicado para um grande número de pessoas entender a forma como eu vejo este sentimento.
Quando converso com algumas pessoas sobre isso, uma das frases que mais ouço é que eu nunca amei e, por isso, tenho esta forma de perceber o que sinto.
Normalmente tentam me mostrar que existem diferentes níveis de amor. Existe o amor paterno, o amor materno, o amor de irmãos, o amor familiar, o amor de amigos e o amor de casal. Procuram diferenciar cada um destes grupos de amores, de forma que transformam o Ser amado num objeto.
De minha parte, tento explicar que estas divisões do amor são criadas apenas como forma de satisfazer o Ego. Principalmente por que para cada grupo diferente, existe uma forma diferente de possessividade.
Acredito que o Amor esteja bem longe disso que se costuma chamar amor. Toda vez que digo que Amo alguém, não o faço na tentativa de aprisionar o outro, mas como forma de demonstrar que a pessoa é completamente livre e, que assim sendo, me faz feliz simplesmente pelo fato de em algum momento ter estado no mesmo caminho que eu trilho.
O Amor que sinto pelas pessoas surge simplesmente pelo fato de saber que elas estão procurando o seu caminho, fazendo o seu melhor.
Algumas pessoas que Amo já deixaram o plano terreno, outras simplesmente seguiram por uma estrada que as distanciou da minha convivência. Com certeza sinto saudades de muitas dessas pessoas, mas nem por isso sofro, pois hoje eu sei que a evolução individual necessita que muitas vezes plantemos uma pequena semente no coração de outras pessoas sem que possamos estar ali para cuidar dela e ver nascer dali as flores que enfeitam o jardim da vida.
Um grande abraço e beijos.
Muita paz, luz e harmonia sempre.

Carlos Eduardo
Porto Alegre, 21 de Novembro de 2009.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Violência

Estava aqui dando uma arrumada no apartamento. Normalmente procuro deixar os pensamentos soltos enquanto faço isso. Permito que eles me mostrem o que os meus Amigos acham mais conveniente.
Me voltou à cabeça um fato que aconteceu alguns dias atrás. Eu estava saindo do apartamento onde minha mora e estavam entrando alguns vizinhos no prédio. Duas crianças com a mãe. Como tem sido um costume que adotei ultimamente, abri um sorriso e cumprimentei eles. Nisso a menininha olhou para mim e falou assim: Oi tio que eu não sei quem é, me diz por que tu estás sempre assim, e escancarou a boca imitando meu sorriso. De início me deixou sem reação, mas rapidamente respondi que estava sempre sorrindo porque eu me sentia feliz como eles dois. A mãe ficou desconsertada e comentou que não sabia de onde as crianças costumam tirar estas perguntas. Me despedi deles e segui meu caminho.
Após este fato, fiquei pensando no que aquela pequena pessoa me disse. Percebi que realmente tenho me permitido expressar mais o meu sorriso, até porque me sinto mais leve comigo mesmo.
Enquanto procurava racionalizar o que tinha ocorrido, claramente eu via que a percepção pura das crianças é trocada na medida que vamos ficando mais velhos por uma percepção embotada.
Basta vermos o que ocorre com a maioria das pessoas a medida que envelhecem. Perdemos o dom de acreditar nos outros, de confiar no Ser Humano. Deixamos que os pré-conceitos assumam o papel de juízes da nossa consciência.
Lembro de ver as pessoas falarem diariamente da violência que toma conta do Mundo e, vejo diariamente "especialistas" das corporações de segurança dando dicas de como devemos nos prevenir. Só que infelizmente estas mesmas corporações acabam criando um problema muito mais grave, principalmente aos homens. É algo bastante comum vermos homens entre 18 e 40 anos serem abordados de forma violenta na rua por policias, estes normalmente fortemente armados. EU já passei por 3 abordagens deste tipo e digo por experiência, é algo que revolta.
Fui considerado um potencial criminoso simplesmente pelo fato de ser homem e de estar num bairro que faz divisa com uma vila (bairro Cristal e vila Cruzeiro do Sul). Em nenhuma das abordagens os agentes da lei se lembraram dos meus direitos básicos e, tampouco, se desculparam pela atitude violenta assumida por eles durante as abordagens. Em todas elas tive no mínimo 3 armas apontadas para mim, como se eu já tivesse sido condenado.
A medida que escrevo isso, lembro de outras coisas pelas quais já passei, tais como estar esperando uma lotação na noite, no mesmo bairro e, estas não pararem para mim, ou então de estar caminhando na rua e cruzar por alguém, principalmente mulheres, e estas se grudarem nas bolsas, esconderem sacolas, como se estivessem se protegendo de um possível ataque. Já fui seguido por segurança de shopping, simplesmente porque entrei no shopping para comprar cigarro em pleno verão de bermuda, camiseta e chinelo de dedos.
Estas pessoas vivem com medo. Criam bandidos onde não existe e depois reclamam quando são assaltados, mas não percebem que estão passando uma informação a nível energético de que elas "precisam" alimentar a violência.
Alguns simplesmente julgam os outros pela maneira simples de serem e de se vestirem, mas esquecem que os maiores bandidos normalmente usam ternos caríssimos, vestidos de grandes estilistas. Estes bandidos quando praticam seus delitos acabam não atacando uma pessoa, ou grupos pequenos, mas influenciam na vida de milhares, para não dizer milhões de pessoas. Outros bandidos se escondem atrás de uma farda ou de um distintivo, e como são considerados agentes da lei, normalmente passam incólumes pelos atos que praticam.
Se realmente as pessoas se preocupassem com a violência, entenderiam que a maior violência consiste em viver se escondendo, em se aprisionar pelo medo. Para estas mesmas pessoas existe uma solução muito simples, mas que normalmente não é aceita, pois para elas tudo isso que se chama de violência não é sua responsabilidade. Só que elas não percebem que enquanto continuarem vibrando o medo, estarão atraindo o que não querem. Mas é muito mais fácil julgar os outros do que assumir uma postura e se trabalhar para erradicar este sentimento de dentro delas mesmas.

Muita paz, luz e harmonia a todos.
Um grande abraços e beijos.
Carlos Eduardo

Porto Alegre, 13 de Novembro de 2009.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Eu estava aqui deixando os pensamentos viajarem e daqui a pouco me lembrei de algo que eu sempre pensava quando era crinaça.
Muitas vezes eu ficava tentando imaginar o que eu seria quando o ano 2000 chegasse. Na época eu pensava que com 28 anos de idade, estaria vivendo de forma tranquila.
Normalmente me via como tendo tudo aquilo que meu pai dizia ser importante, coisas como um bom emprego, dinheiro, casa própria, casa na praia, um ou dois carros, enfim, tudo aquilo que o dinheiro pode comprar.
A medida que os anos dois mil se aproximavam, as minhas idéias me mostravam que estas coisas não eram tão importantes assim. Eu queria apenas seu Eu mesmo. Já sabia que no meu interior algo maior crescia e me fazia perceber que o material não era tudo o que eu precisava.
Mesmo que por vias tortas, tentava encontrar uma forma de satisfazer o meu Ser. Vivia num conflito muito grande, pois ainda não tinha maturidade o suficiente para entender que meu caminho não era seguir a multidão, apesar de ter que conviver com a "pressão" exterior.
Lutava para defender meus ideais. Mas não percebia que esta luta só me deixava sem forças para seguir o meu caminho.
Até hoje ainda passo por momentos em que me questiono se realmente estou certo, apesar de hoje ter noção de que o certo e o errado não existem. Ainda enfrento algumas batalhas internas, pois para os padrões sociais, sou considerado sonhador e acabo me deixando levar pela força dos julgamentos exteriores.
Quanto mais vou encontrando dentro de mim as respostas que necessito para viver em paz, mais as cobranças aumentam. Só que ao invés de isto me tirar as forças me fazem perceber que realmente estou no caminho certo.
Muitas vezes achei que eu estava errado e, sempre que isso acontecia, o Universo me dava um sinal de que o meu erro era deixar de acreditar em mim mesmo.
Sei que ainda tenho muito o que caminhar, que ainda vou tropeçar nas pedras do caminho, mas também sei que sempre que isso acontecer, surgirá um sinal para me ajudar a ter forças de levantar e seguir adiante.
Apesar de estar no início da minha jornada, consigo olhar para trás e ver que as pegadas que ficaram para trás estão sendo úteis para que outros possam seguir com mais facilidade pelos seus próprios caminhos.
Estava lendo um texto que fala sobre o fluir da vida e, lembrei de algo que é dito com muita frequência. Sempre que queremos fazer uma figura de alguém que evolui, dizemos que este está subindo a montanha. Mas ao terminar de ler este texto, percebi que o meu caminho não é para cima e sim para baixo. Que o meu trajeto é como o da água, que desce a montanha para se juntar com a água dos oceanos e rios. Quando subimos a montanha nos distanciamos do Todo, mas quando descemos a montanha, nos unimos ao Todo. Somos parte do Todo.
Cada vez mais me sinto assim, mesmo que eu tenho uma visão completamente diferente da vida. Me sinto como se eu estivesse cada vez mais próximo de ser e de estar no Todo. Pode parecer estranho para muitos isso, mas aos poucos, me sinto mais ligado ao Universo, pois compreendo que apesar das diferenças, tudo o que existe é parte da mesma Energia.
Hoje consigo ver meu erros como forma de aprendizado, apesar de ainda não ter aprendido com alguns deles e continuar cometendo estes mesmos erros. Sei que toda a dificuldade que apareceu durante meus primeiros passos foram necessárias para que eu conseguisse entender o significado da minha missão. E agradeço por ter passado por cada momento difícil, pois somente com eles consegui chegar aonde cheguei.
Se escrevo estas coisas não é por que eu queira servir de exemplo para ninguém, mas é apenas a forma que encontro de compartilhar uma parte de mim, ao mesmo tempo em que aproveito para agradecer ao Universo por todas as pessoas que cruzaram a minha estrada e que me ensinaram a ser cada vez melhor.

Abraços e beijos
Muita paz, luz e harmonia sempre.
Carlos Eduardo

Porto Alegre, 13 de novembro de 2009.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

dualidade

Hoje recebi um email que tratava sobre o que é certo e errado. Falava do filme que fizeram em homenagem ao Cazuza.
Como este foi texto foi escrito por uma psicóloga, vinha cheio de adjetivações, criticando a forma como criaram um mito em cima de uma pessoa perturbada.
Fiquei pensando na mensagem que a profissional tentou passar. Em partes concordo com ela. Vivemos uma enorme crise de valores e, com isto, qualquer um pode ser transformado em herói.
Acredito que mesmo que a conduta de alguns destes mitos não seja aceita pela maior parte da nossa sociedade, isso só acontece porque ainda vivemos numa sociedade hipócrita.
É comum a gente ver pessoas se dizendo defensores da moral, mas que quando precisam usar esta mesma moral, acabam deixando de lado este conceito.
Poderia desfilar uma série de exemplos aqui, mas creio que isso não seja necessário.
Me choca muito perceber como na maior parte das nossas vidas vestimos uma toga e saímos por aí julgando a tudo e a todos. Dizendo que isto é certo ou errado, que isso pode ou não.
Infelizmente, esquecemos de olhar para a questão mais simples. Se criamos o certo, é porque existe o errado. Sem um, o outro deixa de existir. Esta dualidade esta arraigada no Ser Humano.
Quando dizemos que algo é bom, estamos comparando este algo com uma coisa que julgamos ruim, mas, com isso, esquecemos que simplesmente as coisas são.
Recebi um email falando sobre o radicalismo do islã, mais precisamente do Hamas, que proporcionava casamentos entre homens acima dos 20 anos com meninas entre 4 e 10 anos de idade. As imagens são chocantes, mas o mais chocante é saber que isso muitas vezes acontece ao nosso lado. Sabemos que muitos pais abusam dos filhos, assim como isso acontece também dentro da Igreja Católica. E, nem por isso chamamos estes de radicais. Mas como o casamento era coletivo e patrocinado pelo Hamas, vinha a classificação de ser um grupo extremista.
Não estou de forma dizendo que isso é certo, assim como também não digo que seja errado. Apenas digo que isso acontece em diferentes lugares. Não é algo exclusivo de uma "religião", de um "povo", mas do Ser Humano.
Crucificar um grupo pelo que eles acreditam só gera mais violência. Mas, quando procuramos dentro de nós mesmos os motivos que levam a estes grupos tomarem determinadas atitudes, percebemos que de alguma forma, isso só acontece porque somos Seres imperfeitos.
Procuro olhar esta crise moral que estamos atravessando com uma visão mais positiva, tentando perceber que para que exista a Luz, primeiro foi necessário a existência das Trevas.
Para que consigamos evoluir, precisamos colocar para fora todo o lixo que carregamos no nosso interior. Pois se quisermos evoluir carregando uma bagagem pesada, não chegaremos a lugar nenhum.
Converso com muitas pessoas que me dizem que andam cansados de ficar correndo atrás da vida, que não tem tempo para nada, além de ganhar dinheiro, que este sistema no qual vivemos é injusto, mas na hora de fazerem sua parte, fazem exatamente o que os outros fazem. Continuam alimentando este mesmo sistema. Aí me dizem que precisam fazer isto, que se não fizerem isso, simplesmente serão engolidos, mas não percebem que já foram engolidos e, agora simplesmente estão sendo expelidos.
Sei que para muitos sou um sonhador, alguém que vive de ilusões, mas isso realmente não me importa. Pois como eu digo, se dentro dos meus sonhos e ilusões eu conseguir semear alguns corações, me sentirei muito gratificado.
Muita paz, luz e harmonia sempre.
Beijos e abraços.
Carlos Eduardo

Porto Alegre, 10 de novembro de 2009

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Dia das Bruxas

Estava aqui pensando na vida e me lembrei que hoje se comemora o dia das bruxas.
Lembrei do significado que muitas pessoas dão as bruxas, da forma como elas foram tratadas no passado e como as bruxas atuais ainda se recentem desta carga.
Devido ao poder que a Igreja católica se auto-outorgou, os pagãos e, principalmente as mulheres seguidoras desta doutrina, foram queimados em fogueiras. Alias, notadamente a fogueira, junto com o caldeirão, virou sinônimo de coisas ruins.
Quando olhamos na literatura infantil, percebemos a descriminação sofrida. Quando se fala de alguém ruim, se usa o termo bruxa, mas quando queremos falar de uma mulher boazinha, se transformam em fadas.
Infelizmente isso se deve ao fato de que para a Igreja Católica antiga, as mulheres eram consideradas um segundo nível na escala evolutiva humana.E como as bruxas tinham conhecimentos que eram considerados exclusivos dos homens, tiveram que pagar com suas vidas.
Nos dias atuais, apesar de termos evoluído muito, ainda existe este pré-conceito, tanto que são poucas as religiões e crenças que apresentam mulheres nos cargos principais.
Esta visão patriarcal ainda está extremamente arraigada no seio da Igreja Católica, criando uma falsa idéia de que o feminino está ligado ao profano.
Dentro das inúmeras leituras que faço, percebo que esta mesma situação se encontra em diferentes outras crenças. Para muitos, o poder feminino é como uma arma letal. Com esta arma, os homens se perderiam e se desviariam do seu caminho em direção ao Céu.
No xamanismo o Sagrado Feminino ocupa o mesmo espaço que o Masculino. A força Feminina é necessária para a geração de vida, para o uso intuitivo, complementando o Masculino. Nas culturas ditas primitivas, elas exercem um papel fundamental, sendo delas a função de manter a coesão do Todo.
Espero que com o passar do tempo, aprendamos a respeitar mais as Bruxas. E não somente isso, mas que também consigamos manter o equilíbrio das duas forças dentro de cada um de nós. Pois somente desta forma, estaremos conectados ao Universo como um todo.

Muita paz, luz e harmonia sempre
Carlos Eduardo
Porto Alegre, 31 de outubro de 2009

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Idade X Sabedoria

Uma coisa tem me chamado muito a atenção ultimamente. Vejo muitas pessoas com mais idade procurando aconselhar os mais jovens, dizendo que por terem mais vivência, possuem uma Sabedoria maior.

Só que muitas vezes isso não significa que estas pessoas realmente sejam mais Sabias, até porque de nada adianta vivermos muitos anos e continuarmos presos aos conceitos antigos. Os anos que vivemos, só se transformam em Sabedoria quando aprendemos com as experiências acumuladas. Se continuarmos infectados por modelos antigos, que não evoluem com o passar dos anos, deixamos que a nossa vida se torne num enorme museu.

Quando em muitas conversas vejo as pessoas mais velhas desfilarem suas teorias, pregando que antigamente as coisas eram melhores, percebo que elas fincaram suas raízes no passado e, com isso, acabam se fechando ao novo.

Criando um padrão baseado nos ensinamentos antigos, ultrapassados, deixamos que a evolução do nosso Ser seja bloqueada. Fixamos nossos conceitos em atitudes e hábitos que já não tem mais sentido, procurando no “velho” o nosso porto seguro. Isto se deve muito mais ao medo do novo e das mudanças, do que propriamente ao fato de que antigamente realmente eram melhores.

Usando um exemplo bem simples, vejamos o que acontece nos dias atuais com as nossas crianças. Muitas delas apresentam características distintas das crianças que existiam na época dos nossos pais, avos, e em tempos anteriores. Mas dispensamos a elas a mesma educação e tratamento que eram dispensados a eles. Continuamos tratando aqueles que são classificados como hiper-ativos, da mesma forma que antigamente, encaminhando eles para os psiquiatras e psicólogos, buscando as fórmulas “mágicas” dos remédios. Apesar de já haverem muitos profissionais que tratam estas crianças como elas precisam, dando a elas estímulos, permitindo que elas possam ter desafios, ainda existe uma parte dos profissionais que continuam engessadas nas técnicas antigas.

Deixamos de evoluir simplesmente porque procuramos usar as formas que deram certo no passado para coisas novas. E, com isso, acabamos criando uma barreira que dificulta aos jovens vivenciarem as suas particularidades.

Muito se vê e se ouve falar que o Mundo está cada vez mais violento, que os jovens só pensam em se drogar, mas estas mesmas que carregam estes conceitos dentro delas esquecem que se isso está acontecendo é porque, apesar das gerações serem diferentes, continuam querendo moldar as personalidades mais novas baseadas nos padrões que já se mostraram mais do que falidos.

Mesmo sem ter formação superior e filhos, vejo como é importante procurarmos estar abertos a novos conceitos, procurar informações sobre as mudanças, sobre a evolução das gerações, para que possamos desta forma ter uma visão mais ampla e, assim, consigamos aprender e respeitar as características dos indivíduos mais jovens.

Muita Paz, Luz e Harmonia sempre

Carlos Eduardo

Porto Alegre, 26 de outubro de 2009

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Brincar

tenho percebido que as gerações mais recentes tem perdido a sua infância.

A medida que as mães passaram a trabalhar fora, em maior quantidade, a infância foi sendo substituída por atividades intelectuais. Matriculamos nossos filhos em cursos de línguas, informática, ballet, futebol, natação, violão, .... Ocupamos o tempo deles que não estamos presentes. As brincadeiras e coisas da idade foram substituídas, a inocência foi trocada pela violência.

Nas famílias com condições financeiras, as crianças são educadas pela tv, pelo computador, videogame e diversos instrutores diferentes. Como temos dinheiro, compensamos no fim de semana no shopping ou no Mc Donalds. Com as crianças carentes, moradores de rua ou de favelas, o brinquedo delas é viver. Aprendem a se virar desde piá. Adoram armas, brincar de polícia e bandido (normalmente brigam para serem os bandidos, o patrão da boca). São educados pelos traficantes, pelos estupradores, assaltantes e outros do gênero.

Percebemos estes desvios com muito mais precisão nas nossas escolas. Hoje os alunos agridem verbal e fisicamente os professores. Quando é entre eles, aparecem armas o objetos que causam danos maiores. Mesmo entre as crianças que tem um poder aquisitivo maior, também se percebe este comportamento.

Lembro da minha época de criança, de subir em árvores, de jogar 5 marias, montar quebra-cabeças. Corríamos nas ruas, jogávamos bola de pés descalços nos paralelepípedos (quanto tampão de dedo tirado fora...rsrs). Algumas vezes aconteciam as brigas, só que muitos iam em casa para pedir permissão para brigar (acabava a briga na hora).

Penso se estou vendo certo. Quero muito estar errado, que esta imagem que tenho da infância que propiciamos as últimas gerações fosse tão distorcida e não influenciasse no comportamento nas fases seguintes. Seria muito bom se isso fosse apenas reflexo da minha visão extremamente crítica, mas, infelizmente, cada dia que passa eu percebo que esta é a realidade.



Porto Alegre, 16 de Setembro de 2009



Mta paz, luz e harmonia sempre.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Amor x amor

Hoje tive um dia corrido, com tarefas bem diversas para serem realizadas. Nos períodos de intervalo um assunto se fazia presente no meu pensamento. Este tem surgido em diferentes momentos, mas nos últimos dias ele tem me sido apresentado por uma quantidade muito grande de pessoas.

Tenho uma visão muito simples sobre o Amor, sobre o que é Amar. Sei que a maior parte das pessoas discorda do modo como penso sobre isso, mas mantenho minha opinião.

Várias pessoas conversam comigo sobre o amor, sobre precisarem ter alguém ao seu lado para se sentirem completas. Falam que a sua vida é vazia pois estão sozinhas, que somente quando estão amando se sentem felizes. Algumas chegam a ser radicais, procurando na falta de amor as respostas para o resto das questões de suas vidas.

Talvez alguns fiquem curiosos com o fato de as vezes eu usar o Amor, com o A maiúsculo e, em outros momentos uso ele com a minúsculo. Esta diferenciação é para ressaltar que chamamos erroneamente uma coisa de amor, mas que na verdade não é bem assim.

Alguns criaram divisões no amor. Para estes existem o amor dos pais, o amor fraternal, o amor de amigos, o amor de casal e, vários outros tipos. Eu ainda continuo entendendo como uma única forma de Amor, mas acrescidas das nossas necessidades materiais.

Quando me falam das diferentes formas de amor sempre penso na forma como os animais (ditos irracionais) elegem seus companheiros. O tamanho do macho, a beleza da plumagem, o canto, a força, enfim, os fatores físicos são determinantes pela escolha, pois para a maioria das espécies é uma questão de seleção natural em busca da perpetuação. Isto também acontece entre os humanos, principalmente nas tribos indigenas. As crianças frágeis ou com deficiências são sacrificadas para não prejudicarem o desenvolvimento dos outros. O guerreiro mais forte e corajoso tem o direito de escolher a sua mulher, mesmo que esta seja mulher de outro.

Em se tratando de pessoas ditas evoluídas, isso é descabido. Acreditar que amamos fulano ou beltrano por que ele é lindo, tem olhos claros, é forte, tem porte de modelo ou ator, é simplesmente colocar um sentimento tão lindo em algo que não dura muito tempo. Um corpo atlético, deixa de ser vistoso com o passar do tempo, a menos que a pessoa resolva dedicar toda a sua vida à malhação, já a beleza interior dificilmente decai.

sábado, 11 de julho de 2009

Artes e vibração

Estava ouvindo música, lendo meus mails e organizando meu pc. Ouço um grupo chamado Sin Fronteras, o cd Meditación Instrumental 5. Eles fazem uma mistura da música andina com a dos índios norte-americanos e um pouco de música celta também.

Sempre que ouço algum dos cds deles parece que os ritmos me levam a lugares bem diferentes. A batida dos tambores, o sibilar das flautas, a melodia suave, cheia de sentimentos, de harmonia, fazem com que meu Ser entre na mesma sintonia. A leveza dos sons, misturada a sincronização do pulsar do coração com as batidas dos tambores, criam um clima de paz, que envolve o ambiente.

As artes sempre foram o meio mais usado para se gerar este tipo de sensação. Pode ser num poema ou poesia, pode ser uma pintura, uma música ou uma dança. Qualquer forma de expressão artística tem o poder de impressionar o público atingido. A energia colocada na feitura impregna a obra final, criando uma aura que se expande e envolve quem tiver acesso a ela.

Assim como tudo no Planeta, existe o lado ruim das artes, que nos deixa vulneráveis, deprimidos. A luxúria e ganância também se manifestam através dela, fazendo com que muitas esquisitices sejam consideradas arte moderna. A exposição exagerada do corpo, letras que desafiam a inteligência, uso de animais morrendo como expressão artística entre outras coisas também são vistas. E assim como as formas mais "suaves" da arte, também trazem consigo um padrão vibratório. Assim como a harmonia e leveza nos deixa mais soltos, os contrastes gritantes, a falta de critérios, a imoralidade e o ridículo nos deixam pesados, como se fossem uma ancora amarrada em nossos tornozelos.

A vibração que acabamos assimilando tem influência direta sobre a nossa própria vibração. O efeito é semelhante ao das cordas de um violão. Se tocarmos apenas uma das cordas, as outras também vão vibrar. As cordas que não foram tocadas acabam sendo influenciadas pela vibração da corda tocada.

Temos como comprovar isso em diferentes oportunidades da nossa vida. Como nos sentimos quando estamos na caixa do supermercado, numa fila quilométrica? ou então no banco? melhor ainda, um engarrafamento, num dia de 40 graus? A tensão destas situações vai atingindo um por um dos envolvidos. Em maior ou menor intensidade, mas mesmo assim atua. Agora lembremos como é estar na beira de uma praia, curtindo o barulho das ondas, o vento, o cheiro salgado do ar? Talvez uma cachoeira linda, rodeada de muitas árvores, pássaros e animais diversos? quem sabe uma trilha, ou rafting? Nem preciso dizer o que estes lugares nos transmitem, acho que todos sabem.

Uma das grande vantagens que temos sobre as cordas dos violões é que nós podemos nos movimentar e ir procurar locais onde as vibrações sejam mais hamoniosas, que nos deixem mais leves.

Bjs no coração de todos.

Mta paz, luz e harmonia.

Carlos Eduardo

Porto Alegre, 11 de julho de 2008

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Níveis do Ser Humano

Os níveis do ser humano

Há alguns anos, um buscador aproximou-se de um Mestre da Arte Real (um verdadeiro Místico) e perguntou-lhe:

- Mestre, gostaria muito de saber por que razão os seres humanos guerreiam-se e por que não conseguem entender-se, por mais que apregoem estar buscando a Paz e o entendimento, por mais que apregoem o Amor e por mais que afirmem abominar o Ódio.

- Essa é uma pergunta muito séria. Gerações e gerações a têm feito e não conseguiram uma resposta satisfatória, por não se darem conta de que tudo é uma questão de nível evolutivo. A grande maioria da Humanidade do Planeta Terra está vivendo atualmente no nível 1. Muitos outros, no nível 2 e alguns outros no nível 3. Essa é a grande maioria. Alguns poucos já conseguiram atingir o nível 4, pouquíssimos o nível 5, raríssimos o nível 6 e somente de mil em mil anos aparece algum que atingiu o nível 7.

- Mas, Mestre, que níveis são esses?

- Não adiantaria nada explicá-los, pois além de não entender, também, logo em seguida, você os esqueceria e esqueceria também a explicação.

Assim, prefiro levá-lo numa viagem mental, para realizar uma série de experimentos e aí, então, tenho certeza, você vivenciará e saberá exatamente o que são esses níveis, cada um deles, nos seus mínimos detalhes.

Colocou, então, as pontas de dois dedos na testa do consulente e, imediatamente, ambos estavam em um outro local, em outra dimensão do Espaço e do Tempo.

O local era uma espécie de bosque, e um homem se aproximava deles. Ao chegar mais perto, disse-lhe o Mestre:

- Dê-lhe um tapa no rosto.

- Mas por quê? Ele não me fez nada…

- Faz parte do experimento. Dê-lhe um tapa, não muito forte, mas dê-lhe um tapa!

E o homem aproximou-se mais do Mestre e do consulente. Este, então, chegou até o homem, pediu-lhe que parasse e, sem nenhum aviso, deu-lhe um tapa que estalou.
Imediatamente, como se fosse feito de mola, o desconhecido revidou com uma saraivada de socos e o consulente foi ao chão, por causa do inesperado do ataque.
Instantaneamente, como num passe de mágica, o Mestre e o consulente já estavam em outro lugar, muito semelhante ao primeiro e outro homem se aproximava. O Mestre, então comentou:

- Agora, você já sabe como reage um homem do nível 1. Não pensa. Age mecanicamente. Revida sem pensar. Aprendeu a agir dessa maneira e esse aprendizado é tudo para ele, é o que norteia sua vida, é sua “muleta”. Agora, você testará da mesma maneira, o nosso companheiro que vem aí, do nível 2.

Quando o homem se aproximou, o consulente pediu que parasse e lhe deu um tapa. O homem ficou assustado, olhou para o consulente, mediu-o de cima a baixo e, sem dizer nada, revidou com um tapa, um pouco mais forte.
Instantaneamente, já estavam em outro lugar muito semelhante ao primeiro.

- Agora, você já sabe como reage um homem do nível 2. Pensa um pouco, analisa superficialmente a situação, verifica se está à altura do adversário e aí, então, revida. Se se julgar mais fraco, não revidará imediatamente, pois irá revidar à traição. Ainda é carregado pelo mesmo tipo de “muleta” usada pelo homem do nível 1. Só que analisa um pouco mais as coisas e fatos da vida. Entendeu? Repita o mesmo com esse aí que vem chegando.
A cena repetiu-se. Ao receber o tapa, o homem parou, olhou para o consulente e assim falou:

- O que é isso, moço?… Mereço uma explicação, não acha? Se não me explicar direitinho por que razão me bateu, vai levar uma surra!
Estou falando sério!

- Eu e o Mestre estamos realizando uma série de experimentos e este experimento consta exatamente em fazer o que fiz, ou seja, bater nas pessoas para ver como reagem.

- E querem ver como reajo?

- Sim. Exatamente isso…

- Já reparou que não tem sentido?

- Como não? Já aprendemos ótimas lições com as reações das outras pessoas. Queremos saber qual a lição que você irá nos ensinar…

- Ainda não perceberam que isso não faz sentido? Por que agredir as pessoas assim, gratuitamente?

- Queremos verificar – interferiu o Mestre – as reações mais imediatas e primitivas das pessoas. Você tem alguma sugestão ou consegue atinar com alguma alternativa?

- De momento, não me ocorre nenhuma. De uma coisa, porém, estou certo: – Esse teste é muito bárbaro, pois agride os outros. Estou, realmente, muito assustado e chocado com essa ação de vocês, que parecem pessoas inteligentes e sensatas. Certamente, deverá haver algo menos agressivo e mais inteligente. Não acham?

- Enfim – perguntou o buscador – como você vai reagir? Vai revidar?
Ou vai nos ensinar uma outra maneira de conseguir aprender o que desejamos?

- Já nem sei se continuo discutindo com vocês, pois acho que estou perdendo meu tempo. São dois malucos e tenho coisas mais importantes para fazer do que ficar conversando com dois malucos. Afinal, meu tempo é precioso demais e não vou desperdiçá-lo com vocês. Quando encontrarem alguém que não seja tão sensato e paciente como eu, vão aprender o que é agredir gratuitamente as pessoas. Que outro, em algum outro lugar, revide por mim. Não vou nem perder meu tempo com vocês, pois não merecem meu esforço… São uns perfeitos idiotas… Imagine só, dar tapas nos outros… Besteira… Idiotice… Falta do que fazer… E ainda querem me convencer de que estão buscando conhecimento… Picaretas! Isso é o que vocês são! Uns picaretas! Uns charlatães!

Imediatamente, aquela cena apagou-se e já se encontravam em outro luar, muito semelhante a todos os outros. Então, o Mestre comentou:

- Agora, você já sabe como age o homem do nível 3. Gosta de analisar a situação, discutir os pormenores, criticar tudo, mas não apresenta nenhuma solução ou alternativa, pois ainda usa as mesmas “muletas” que os outros dois anteriores também usavam. Prefere deixar tudo “pra lá”, pois “não tem tempo” para se aborrecer com a ação, que prefere deixar para os “outros”. É um erudito e teórico que fala muito, mas que age muito pouco e não apresenta nenhuma solução para nenhum problema, a não ser a mais óbvia e assim mesmo, olhe lá… É um medíocre enfatuado, cheio de erudição, que se julga o “Dono da Verdade”, que se acha muito “entendido” e que reclama de tudo e só sabe criticar. É o mais perigoso de todos, pois costuma deter cargos de comando, por ser, geralmente, portador de algum diploma universitário em nível de bacharel (mais uma outra “muleta”) e se pavoneia por isso. Possui instrução e muita erudição. Já consegue ter um pouquinho mais de percepção das coisas, mas é somente isso. Ainda precisa das “muletas” para continuar vivendo, mas começa a perceber que talvez seja melhor andar sem elas. No entanto, por “preguiça vital” e simples falta de força de vontade, prefere continuar a utilizá-las. De resto, não passa de um medíocre enfatuado que sabe apenas argumentar e tudo criticar. Vamos, agora, saber como reage um homem do nível 4. Faça o mesmo com esse que aí vem.

E a cena repetiu-se.

O caminhante olhou para o buscador e perguntou:

- Por que você fez isso? Eu fiz alguma coisa errada? Ofendi você de alguma maneira? Enfim, gostaria de saber por que motivo você me bateu. Posso saber?

- Não é nada pessoal. Eu e o Mestre estamos realizando um experimento para aprender qual será a reação das pessoas diante de uma agressão imotivada.

- Pelo visto, já realizaram este experimento com outras pessoas. Já devem ter aprendido muito a respeito de como reagem os seres humanos, não é mesmo?

- É… Estamos aprendendo um bocado. Qual será sua reação? O que pensa de nosso experimento? Tem alguma sugestão melhor?

- Hoje, vocês me ensinaram uma nova lição e estou muito satisfeito com isso e só tenho a agradecer por me haverem escolhido para participar deste seu experimento. Apenas acho que vocês estão correndo o risco de encontrar alguém que não consiga entender o que estão fazendo e revidar à agressão. Até chego a arriscar-me a afirmar que vocês já encontraram esse tipo de pessoa, não é mesmo? Mas também se não corrermos algum risco na vida, nada, jamais, poderá ser conseguido, em termos de evolução. Sob esse ponto de vista, a metodologia experimental que vocês imaginaram é tão boa como outra qualquer. Já encontraram alguém que não entendesse o que estão a fazer e igualmente reações hostis, não é mesmo? Por outro lado, como se trata de um aprendizado, gostaria muito de acompanhá-los para partilhar desse aprendizado. Aceitar-me-iam como companheiro de jornada? Gostaria muito de adquirir novos conhecimentos. Posso ir com vocês?

- E se tudo o que dissemos for mentira? E se estivermos mal-intencionados? – perguntou o Mestre – Como reagiria a isso?

- Somente os loucos fazem coisas sem uma razão plausível. Sei, muito bem, distinguir um louco de um são e, definitivamente, tenho a mais cristalina das certezas de que vocês não são loucos. Logo, alguma razão vocês deverão ter para estarem agredindo gratuitamente as pessoas. Essa razão que me deram é tão boa e plausível como qualquer outra. Seja ela qual for, gostaria de seguir com vocês para ver se minhas conjecturas estão certas, ou seja, de que falaram a verdade e, se assim o for, compartilhar da experiência de vocês. Enfim, desejo aprender cada vez mais, e esta é uma boa ocasião para isso. Não acham?

Instantaneamente, tudo se desfez e logo estavam em outro ambiente, muito semelhante aos anteriores. O Mestre assim comentou:

- O homem do nível 4 já está bem distanciado e se desligando gradativamente dos afazeres mundanos. Já sabe que existem outros níveis mais baixos e outros mais elevados e está buscando apenas aprender mais e mais para evoluir, para tornar-se um sábio. Não é, em absoluto um erudito (embora até mesmo possa possuir algum diploma universitário) e já compreende bem a natureza humana para fazer julgamentos sensatos e lógicos. Por outro lado, possui uma curiosidade muito grande e uma insaciável sede de conhecimentos. E isso acontece porque abandonou suas “muletas” há muito pouco tempo, talvez há um mês ou dois. Ainda sente falta delas, mas já compreendeu que o melhor mesmo é viver sem elas. Dentro de muito pouco tempo, só mais um pouco de tempo, talvez mais um ano ou dois, assim que se acostumar, de fato, a sequer pensar nas muletas, estará realmente começando a trilhar o caminho certo para os próximos níveis. Mas vamos continuar com o nosso aprendizado. Repita o mesmo com este homem que aí vem, e vamos ver como reage um homem do nível 5.
O tapa estalou.

- Filho meu… Eu bem o mereci por não haver logo percebido que estavas necessitando de ajuda. Em que te posso ser útil?

- Não entendi… Afinal, dei-lhe um tapa. Não vai reagir?

- Na verdade, cada agressão é um pedido de ajuda. Em que te posso ajudar, filho meu?

- Estamos dando tapas nas pessoas que passam, para conhecermos suas reações. Não é nada pessoal…

- Então, é nisso que te posso ajudar? Ajudar-te-ei com muita satisfação pedindo-te perdão por não haver logo percebido que desejas aprender. É meritória tua ação, pois o saber é a coisa mais importante que um ser humano pode adquirir. Somente por meio do saber é que o homem se eleva. E se estás querendo aprender, só tenho elogios a te oferecer. Logo aprenderás a lição mais importante que é a de ajudar desinteressadamente as pessoas, assim como estou a fazer com vocês, neste momento. Ainda terás um longo caminho pela frente, mas se desejares, posso ser o teu guia nos passos iniciais e te poupar de muitos transtornos e dissabores. Sinto-me perfeitamente capaz de guiar-te nos primeiros passos e fazer-te chegar até onde me encontro. Daí para diante, faremos o restante do aprendizado juntos. O que achas da proposta? Aceitas-me como teu guia?

Instantaneamente, a cena se desfez e logo se viram em outro caminho, um pouco mais agradável do que os demais, e o Mestre assim se expressou:

- Quando um homem atinge o nível 5, começa a entender que a Humanidade, em geral, digamos, o homem comum, é como uma espécie de adolescente que ainda não conseguiu sequer se encontrar e, por esse motivo, como todo e qualquer bom adolescente, é muito inseguro e, devido a essa insegurança, não sabe como pedir ajuda e agride a todos para chamar atenção sobre si mesmo e pedir, então, de maneira velada e indireta, a ajuda de que necessita. O homem do nível 5 possui a sincera vontade de ajudar e de auxiliar a todos desinteressadamente, sem visar vantagens pessoais. É como se fosse uma Irmã Dulce, um Chico Xavier ou uma Madre Teresa de Calcutá da vida. Sabe ser humilde e reconhece que ainda tem muito a aprender para atingir níveis evolutivos mais elevados. E deseja partilhar gratuitamente seus conhecimentos com todos os seres humanos. Compreende que a imensa maioria dos seres humanos usa “muletas” diversas e procura ajudá-los, dando-lhes exatamente aquilo que lhe é pedido, de acordo com a “muleta” que estão usando ou com o que lhes é mais acessível no nível em que se encontram. A partir do nível 5, o ser humano adquire a faculdade de perceber em qual nível o seu interlocutor se encontra. Agora, dê um tapa nesse homem que aí vem. Vamos ver como reage o homem do nível 6.
E o buscador iniciou o ritual. Pediu ao homem que parasse e lançou a mão ao seu rosto. Jamais entenderá como o outro, com um movimento quase instantâneo, desviou-se e a sua mão atingiu apenas o vazio.

- Meu filho querido! Por que você queria ferir-se a si mesmo? Ainda não aprendeu que agredindo os outros você estará agredindo a si mesmo? Você ainda não conseguiu entender que a Humanidade é um organismo único e que cada um de nós é apenas uma pequena célula desse imenso organismo? Seria você capaz de provocar, deliberadamente, em seu corpo, um ferimento que vai doer muito e cuja cicatrização orgânica e psíquica vai demorar e causará muito sofrimento inútil?

- Mas estamos realizando um experimento para descobrir qual será a reação das pessoas a uma agressão gratuita.

- Por que você não aprende primeiro a amar? Por que, em vez de dar um tapa, não dá um beijo nas pessoas? Assim, em lugar de causar-lhes sofrimento, estará demonstrando Amor. E o Amor é a Energia mais poderosa e sublime do Universo. Se você aprender a lição do Amor, logo poderá ensinar Amor para todas as outras células da Humanidade, e tenho a mais concreta certeza de que, em muito pouco tempo, toda a Humanidade será um imenso organismo amoroso que distribuirá Amor por todo o planeta e daí, por extensão, emitirá vibrações de Amor para todo o Universo. Eu amo a todos como amo a mim mesmo. No instante em que você compreender isso, passará a amar a si mesmo e a todos os demais seres humanos da mesma maneira e terá aprendido a Regra de Ouro do Universo: – Tudo é Amor! A vida é Amor! Nós somos centelhas de Amor! E por tanto amar você, jamais poderia permitir que você se ferisse, agredindo a mim. Se você ama uma criança, jamais permitirá que ela se machuque ou se fira, porque ela ainda não entende que se agir de determinada maneira perigosa irá ferir-se e irá sofrer. Você a amparará, não é mesmo? Você deverá aprender, em primeiro lugar, a Lição do Amor, a viver o Amor em toda sua plenitude, pois o Amor é tudo e, se você está vivo, deve sua vida a um Ato de Amor. Pense nisso, medite muito sobre isso. Dê Amor gratuitamente. Ensine Amor com muito Amor e logo verá como tudo a seu redor vai ficar mais sublime, mais diáfano, pois você estará flutuando sob os influxos da Energia mais poderosa do Universo, que é o Amor. E sua vida será sublime…

Instantaneamente, tudo se desfez e se viram em outro ambiente, ainda mais lindo e repousante do que este último em que estiveram. Então o Mestre falou:

- Este é um dos níveis mais elevados a que pode chegar o Ser Humano em sua senda evolutiva, ainda na Matéria, no Planeta Terra. Um homem que conseguiu entender o que é o Amor, já é um Homem Sublime, Inefável e quase Inatingível pelas infelicidades humanas, pois já descobriu o Começo da Verdade, mas ainda não a conhece em toda sua Plenitude, o que só acontecerá quando atingir o nível 7. Logo você descobrirá isso. Dê um tapa nesse homem que aí vem chegando.
E o buscador pediu ao homem que parasse. Quando seus olhares se cruzaram, uma espécie de choque elétrico percorreu-lhe todo o corpo e uma sensação mesclada de amor, compaixão, amizade desinteressada, compreensão, de profundo conhecimento de tudo que se relaciona à vida e um enorme sentimento de extrema segurança encheram-lhe todo o seu ser.

- Bata nele! – ordenou o Mestre.

- Não posso, Mestre, não posso…

- Bata nele! Faça um grande esforço, mas terá que bater nele! Nosso aprendizado só estará completo se você bater nele! Faça um grande esforço e bata! Vamos! Agora!

- Não, Mestre. Sua simples presença já é suficiente para que eu consiga compreender a futilidade de lhe dar um tapa. Prefiro dar um tapa em mim mesmo. Nele, porém, jamais!

- Bate-me – disse o Homem com muita firmeza e suavidade – pois só assim aprenderás tua lição e saberás finalmente, porque ainda existem guerras na Humanidade.

- Não posso… Não posso… Não tem o menor sentido fazer isso…

- Então – tornou o Homem – já aprendeste tua lição. Quem, dentre todos em quem bateste, a ensinou para ti? Reflete um pouco e me responde.

- Acho que foram os três primeiros, do nível 1 ao nível 3. Os outros apenas a ilustraram e a complementaram. Agora, compreendo o quão atrasados eles estão e o quanto ainda terão que caminhar na senda evolutiva para entender esse fato. Sinto por eles uma compaixão muito profunda. Estão de “muletas” e não sabem disso. E o pior de tudo é que não conseguem perceber que é até muito simples e muito fácil abandoná-las e que, no preciso instante em que a s abandonarem, começarão a progredir. Era essa a lição que eu deveria aprender?

- Sim, filho meu. Essa é apenas uma das muitas facetas do Verdadeiro Aprendizado. Ainda terás muito que aprender, mas já aprendeste a primeira e a maior de todas as lições. Existe a Ignorância! – volveu o Homem com suavidade e convicção – Mas ainda existem outras coisas mais que deves ter aprendido. O que foi?

- Aprendi, também, que é meu dever ensiná-los para que entendam que a vida está muito além daquilo que eles julgam ser muito importante – as suas “muletas” – e também sua busca inútil e desenfreada por sexo, status social, riquezas e poder. Nos outros níveis, comecei a entender que para se ensinar alguma coisa para alguém é preciso que tenhamos aprendido aquilo que vamos ensinar. Mas isso é um processo demorado demais, pois todo mundo quer tudo às pressas, imediatamente…

- A Humanidade ainda é uma criança , mal acabou de nascer, mal acabou de aprender que pode caminhar por conta própria, sem engatinhar, sem precisar usar “muletas”. O grande erro é que nós queremos fazer tudo às pressas e medir tudo pela duração de nossas vidas individuais. O importante é que compreendamos que o tempo deve ser contado em termos cósmicos, universais. Se assim o fizermos, começaremos, então, a entender que o Universo é um organismo imenso, ainda relativamente novo e que também está fazendo seu aprendizado por intermédio de nós – seres vivos conscientes e inteligentes que habitamos planetas disseminados por todo o Espaço Cósmico. Nossa vida individual só terá importância, mesmo, se conseguirmos entender e vivenciar, este conhecimento, esta grande Verdade: – Somos todos uma imensa equipe energética atuando nos mais diversos níveis energéticos daquilo que é conhecido como Vida e Universo, que, no final das contas, é tudo a mesma coisa.

- Mas sendo assim, para eu aprender tudo de que necessito para poder ensinar aos meus irmãos, precisarei de muito mais que uma vida. Ser-me-ão concedidas mais outras vidas, além desta que agora estou vivendo?

- Mas ainda não conseguiste vislumbrar que só existe uma única Vida e tu já a estás vivendo há milhões e milhões de anos e ainda a viverás por mais outros tantos milhões, nos mais diversos níveis? Tu já foste energia pura, átomo, molécula, vírus, bactéria, enfim, todos os seres que já apareceram na escala biológica. E tu ainda és tudo isso. Compreende, filho meu, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.

- Mas mesmo assim, então, não terei tempo, neste momento atual de minha manifestação no Universo, de aprender tudo o que é necessário ensinar aos meus irmãos que ainda se encontram nos níveis 1, 2 e 3.

- E quem o terá jamais, algum dia? Mas isso não tem a menor importância, pois tu já estás a ensinar o que aprendeste, nesta breve jornada mental. Já aprendeste que existem 7 níveis evolutivos possíveis aos seres humanos, aqui, agora, neste Planeta Terra. O Autor deste conto conseguiu transmiti-lo, há alguns milênios, através da Tradição Oral, durante muitas e muitas gerações. O Autor deste trabalho, ao ler esse conto, há muitos anos atrás, também aprendeu a mesma lição e agora a está transmitindo para todos aqueles que vierem a lê-lo e, no final, alguns desses leitores, um dia, ensinarão essa mesma lição a outros irmãos humanos. Compreendes, agora, que não será necessário mais do que uma única vida como um ser humano, neste Planeta Terra, para que aprendas tudo e que possas transmitir esse conhecimento a todos os seres humanos, nos próximos milênios vindouros? É só uma questão de tempo, não concordas, filho meu?

Agora, se quem deste aprendizado tomar conhecimento e, assim mesmo, não desejar progredir, não quiser deixar de lado as “muletas” que está usando ou não quiser aceitar essa verdade tão cristalina, o problema e a responsabilidade já não serão mais teus. Tu e todos os demais que estão transmitindo esse conhecimento já cumpriram as suas partes. Que os outros, os que dele estão tomando conhecimento, cumpram as suas. Para isso são livres e possuem o discernimento e o livre-arbítrio suficientes para fazer suas escolhas e nada tens com isso. Entendeste, filho meu?



Original em: http://www.deldebbio.com.br/index.php/2008/12/23/os-niveis-do-ser-humano/#more-580

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Superficialidade

Hoje eu estava pensando sobre as superfícies, nas suas diferentes formas de apresentação.
Curiosamente me veio a imagem da Terra e da forma como as plantas se desenvolvem. Normalmente a parte mais bonita das plantas se encontra na superfície, mas ela precisa que sua raiz penetre no solo (água ou até em outra planta) para que ela consiga se sustentar. Assim também acontece com as pessoas.
Algumas fazem questão de manter a sua superficie linda e perfeita, mas o seu interior está oco ou, até mesmo, embrutecido. Os relacionamentos nas suas expressões distintas também apresentam esta característica. Se a outra pessoa for bonita, leva uma grande vantagem, mesmo quando só se aproveita a beleza externa desta pessoa. Não fazemos muita questão de conhecer as raízes do outro, assim como normalmente não queremos estragar nossas "unhas" revolvendo a terra e adubando o interior daqueles que nos cercam.
Quando pensamos em ir mais profundamente, só pensamos em sexo, em prazeres superficiais, e deixamos de lado os sentimentos e vivências dos outros.
Existem diversos estudos que comprovam que os manaciais mais puros de água brotam do fundo da Terra. Analogamente também sabemos que para se manter uma relação sólida, precisamos ir buscar esta água na sua nascente, mesmo que para isso tenhamos que fazer uma verdadeira expedição.
Vejo muitas pessoas falarem do amor, mas a grande maioria confunde Amor com paixão. Quando estamos apaixonados acabamos por sufocar o outro, querendo ele o tempo todo para nós. Procuramos preencher o nosso vazio interior com a superficie do outro. Já quando Amamos, passamos por um processo transformador. Aceitamos que o outro é livre e, conseguimos aproveitar a Verdadeira Beleza do outro. Apreciamos suas qualidades, mesmo que não tenhamos elas ao nosso lado o tempo todo. A energia que se envolve neste tipo de relação vem lá de dentro, vem do Coração, vem do Espírito. Normalmente as superficies acabam interagindo, mas envoltas pelas raizes dos personagens.
Estamos tão acostumados a este conceito de viver superficialmente que damos muito mais valor a uma pessoa pelo carro que ela tem, pelas roupas que usa, pela casa, pelo relógio, pela conta no banco, pelo padrão de beleza física e, desse modo, acabamos marginalizando as pessoas que não se enquadram no perfil ideal de acordo com estes valores.
Percebo que estamos atravessando um período em que mudanças já estão acontecendo. Converso com algumas pessoas que se sentem incomodadas com esta superficialidade, com a supervalorização de conceitos materiais. Vejo pessoas procurando se conhecer melhor, tentando ir no seu Interior para assim poder interagir com o Interior dos que o cercam.
Espero que realmente consigamos modificar esta situação, para que realmente possamos Viver de acordo com o que realmente importa.

Mta paz e luz sempre
Bjs e abraços
Carlos Eduardo

Porto Alegre, 19 de junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

Paracelso já dizia

ASSIM DIZIA PARACELSO...
I
Se, por um espaço de alguns meses, observares rigorosamente as prescrições, que se seguem, ver-se-á operar, em tua vida uma MUTAÇÃO TÃO FAVORÁVEL, que nunca mais poderás esquecê-las. Mas, meu irmão, para que obtenhas o êxito desejado, é mister que adaptes tua vida à estrita observância destas regras.
São simples e fáceis de seguir, mas é preciso observá-las com a máxima perseverança. Julgarás que a felicidade não vale um pouco de esforço? Se não és capaz de pores em prática estas regras, tão fáceis, terás o direito de te queixares do destino? Será tão difícil a tentativa de uma prova? São regras legadas pela antiga Sabedoria e há nelas mais transcendência do que simplicidade, como parece à primeira vista.

II
Antes de tudo, lembra-te de que não há nada melhor do que a saúde. Para isso deverás respirar, com a maior freqüência possível profunda e ritmicamente, enchendo os pulmões, ao ar livre ou defronte de uma janela aberta. Beber quotidianamente, a pequenos goles, dois litros de água, pelo menos; comer muitas frutas; mastigar bem os alimentos; evitar o álcool, o fumo e os medicamentos, salvo em caso de moléstia grave. Banhar-se diariamente, é um hábito que deverás à tua própria dignidade.

III
Banir absolutamente de teu ânimo, por mais razões que tenhas, toda a idéia de pessimismo, vingança, ódio, tédio, ou tristeza. Fugir como da peste, ao trato com pessoas maldizentes, invejosas, indolentes, intrigantes, vaidosas ou vulgares e inferiores pela natural baixeza de entendimentos ou pelos assuntos sensualistas, que são a base de suas conversas ou reflexos dos seus hábitos. A observância desta regra é de importância DECISIVA; trata-se de transformar a contextura espiritual de tua alma. É o único meio de mudar o teu destino, uma vez que este depende dos teus atos e dos teus pensamentos: A fatalidade não existe.

IV
Faze todo bem ao teu alcance. Auxilia a todo o infeliz sempre que possas, mas sempre de ânimo forte. Sê enérgico e foge de todo o sentimentalismo.
V
Esquece todas as ofensas que te façam, ainda mais, esforça-te por pensar o melhor possível do teu maior inimigo. Tua alma é um templo que não deve ser profanado pelo ódio.

VI
Recolhe-te todos os dias, a um lugar onde ninguém te vá perturbar e possas, ao menos durante meia hora, comodamente sentado, de olhos cerrados, NÃO PENSAR EM COISA ALGUMA. Isso fortifica o cérebro e o espírito e por-te-á em contanto com as boas influências. Neste estado de recolhimento e silêncio ocorrem-nos sempre idéias luminosas que podem modificar toda a nossa existência. Com o tempo, todos os problemas que parecem insolúveis serão resolvidos, vitoriosamente por uma voz interior que te guiará nesses instantes de silêncio, a sós com a tua consciência. É o DEMÔNIO de que SÓCRATES falava. Todos os grandes espíritos deixaram-se conduzir pelos conselhos dessa voz íntima. Mas, não te falará assim de súbito; tens que te preparar por algum tempo, destruir as capas superpostas dos velhos hábitos; pensamentos e erros, que envolvem o teu espírito, que embora divino e perfeito, não encontra os elementos que precisa para manifestar-se.

VII
A CARNE É FRACA Deves guardar, em absoluto silêncio, todos os teus casos pessoais. Abster-se como se fizesses um juramento solene, de contar a qualquer pessoa, por mais íntima, tudo quanto penses, ouças, saibas, aprendas ou descubras.
É UMA REGRA DE SUMA IMPORTÂNCIA.

VIII
Não temas a ninguém nem te inspire a menor preocupação o dia de amanhã. Mantém tua alma sempre forte e sempre pura e tudo correrá e sairá bem. Nunca te julgues sozinho ou desamparado; atrás de ti existem exércitos poderosos que tua mente não pode conceber. Se elevas o teu espírito, não há mal que te atinja. Só a um inimigo deves temer: A TI MESMO. O medo e a dúvida no futuro são a origem funesta de todos os insucessos; atraem influências maléficas e, estas, o inevitável desastre. Se observares essas criaturas, que se dizem felizes verás que agem instintivamente de acordo com estas regras. Muitas das que alegam que possuem grandes fortunas podem não ser pessoas de bem, mas possuem muitas das virtudes acima mencionadas. Demais, riqueza não quer dizer felicidade; pode se constituir em um dos melhores fatores, porque nos permite a prática de boas ações, mas, a verdadeira felicidade só se alcança palmilhando outros caminhos, veredas por onde nunca transita o velho Satã da lenda, cujo nome verdadeiro é EGOÍSMO.

IX
Não te queixes de nada e de ninguém. Domina os teus sentidos, foge da modéstia como da vaidade; ambas são funestas e prejudiciais ao êxito. A modéstia tolherá tuas forças e a vaidade é tão nociva como se cometêsses um pecado mortal contra o ESPÍRITO SANTO. Muitas individualidades de real valor tombaram das altas culminâncias atingidas, em conseqüência da Vaidade; a ela deveram certamente a sua queda Júlio Cesar, aquele homem extraordinário que se chamou Napoleão e muitos outros.Oxalá, sigas sempre estas poucas regras para a tua FELICIDADE, para o teu BEM e a nossa ALEGRIA.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Amizade

Final de tarde, feriado de navegantes. Fui ler meus e-mails.
Muitas mensagens lindas (apresentações e textos prontos), piadas, sacanagem e alguns spams. Aos poucos comecei a me dar conta de uma coisa, já faz muito tempo que não recebo um e-mail escrito de verdade, demonstrando o sentimento da pessoa. Repassamos tudo aquilo que achamos interessante para nossos amigose contatos, dando uma demonstração que estas pessoas são alguém para nós. Mas, esquecemos que muitas destas pessoas realmente são peças fundamentais na nossa vida e, para que funcionem melhor, precisam ser limpas e lubrificadas. Até hoje não conheci nada que funcione melhor do que receber a simplicidade da vida para azeitar nossas peças.
Perdemos horas do nosso com coisas fúteis e sem importância, mas quando precisamos de um minuto para escrever para alguém dizendo que está tudo bem e que temos saudades, o tempo nos falta.
O mais curioso disso é que mesmo as pessoas que tinham este simples costume, foram perdendo ele, influenciados pelo todo. Foram sendo empurrados a força para a Era da Globalização, onde até o carinho e as saudades são globalizadas. Me intriga muito isto, porque percebo que eu também me deixei levar por esta onda. Fui me perdendo aos poucos, apesar de me msotrar quando resolvo fazer minhas "reflexões".
Peço desculpa aquelas pessoas que eu tenho negligenciado, ou melhor, aqueles com os quais "globalizei" minha relação. Continuarei mandando as mensagens prontas, mas voltarei a cuidar melhor das engrenagens q me fazem seguir em frente.


Um abraço bem apertado e bjs
Mta paz e luz sempre
Carlos Eduardo

Porto Alegre, 2 de fevereiro de 2009

Cirurgia Plástica

Eu estava aqui lendo o jornal e numa das páginas me chama a atenção um pequeno anúncio, no canto da página. Um Cirurgião Plástico oferece seus serviços e usa como imagem a foto de uma Miss (sua esposa).
Olhando este anúncio me lembrei da minha infância, dos contos do Dr. Frankstein. O Doutor criou uma Pessoa/Monstro usando pedaços de diferentes pessoas. Juntou tudo num um único ser e deu vida a eles. Como era parte de muitos, este ser não tinha personalidade, faltava a ele o Espírito.
Por ser apenas um corpo, esta criatura agia de maneira estabanada e até mesmo violenta.
O resto da estória todos sabem.
Vejo o comércio da perfeição dessa mesma forma. Cirurgia Plástica cria monstros, pois desconecta o nosso Ser, criando uma desunião entre o Espírito e a Carne. Quando sentamos na frente do cirurgião e pedimos: Oi, eu quero os lábios da Angelina Jolye, o nariz da Aline Morais, o bumbum da Mulher Melancia, os olhos da Sabrina Satto, os seios da Pamela Anderson,... estamos nos transformando em Franksteins. Mesmo q a aparência fique 'MARAVILHOSA', perdemos nosso SER. Fabricamos uma pessoa q não somos e, na maior parte das vezes, nosso EU-interior sofre mais ainda por não conseguir se adaptar a este novo corpo, moldado numa linha de montagem.
É interessante como queremos ser diferente de quem somos, queremos ser melhor, mas mudamos exatamente aquilo que nos faz ser pior. Ao invés de reforma intima, mudamos nosso Espírito para uma nova casa, reformada, com móveis novos (muito silicone,botox) e bem menos confortável do q a nossa morada verdadeira.
Ainda bem que não inventaram ainda uma 'CIRURGIA PLÁSTICA ESPIRITUAL', onde podemos moldar nosso EU. Já pensaram em como seria sentar na frente do cirurgião e dizer: Doutor, quero ter o Amor que o Cristo tem por nós, a sapiência de Buda e a misericórdia do Pai. Mas, do jeito que as coisas estão se encaminhando, em breve veremos este anúncio também no jornal.

Carlos Eduardo Martinez Nunes
Porto Alegre, 17 de Julho de 2008

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Chakras


1º Chakra - Chakra Básico (Muladhara)
Cor: Vermelho;
Localização: Na base da coluna;
Função: Este chakra é responsável pela ligação com as coisas da Terra. Quando equilibrado, nos dá a sensação de segurança;
Órgãos: Coluna vertebral, medula, cérebro e aparelho reprodutor;
Desequilíbrio: Falta de equilíbrio, desânimo e desgaste físico.

2º Chakra - Chakra Umbilical(Sacral ou Esplênico) (Svadhishthana)
Cor: Laranja;
Localização: Um pouco abaixo do umbigo;
Função: Ligação com o que nos cerca, aceitação;
Órgãos: Fígado, intestinos, rins, vesícula biliar, pâncreas, bexiga e estômago;
Desequilibrio: Viver no passado, sem alegria e sem satisfação. Fechamento para o Mundo.

3º Chakra - Chakra do Plexo Solar (Manipura)
Cor: Amarelo;
Localização: Na região vulgarmente chamada de boca do estomâgo;
Função: Auto-estima;
Órgãos: Plexo solar, baço, corrente sanguinea, sistema nervoso central, bulbo, cerebelo, hemisférios do cérebro;
Desequilíbrio: Perda de apetite, angústia, raiva, ódio e medo.

4º Chakra - Chakra Cardíaco (Anahata)
Cor: Verde e Rosa;
Localização: Na altura do coração;
Função: Elo de ligação dos Chakras Inferiores e Superiores. Razão e emoção;
Órgãos: Coração e pulmões;
Desequilíbrio: Palpitação, angústia, desespero e pânico.

5º Chakra - Chakra Laríngeo (Vishuddha)
Cor: Azul-claro;
Localização: Na região da garganta;
Função: Fala, comunicação e criatividade;
Órgãos: Vias respiratórias, garganta, boca, nariz e traquéia;
Desequilíbrio: Falta de criatividade, dificuldade de se expressar.

6º Chakra - Chakra Frontal (Ajna)
Cor: Índigo;
Localização: Entre as sombrancelhas;
Função: Metas, caminhos, direção, visão do futuro e objetivos a serem atingidos;
Órgãos: Olhos e ouvidos;
Desequilíbrio: Perda de perspectiva e direcionamento.

7º Chakra - Chakra Coronário (Sahasrara)
Cor: Violeta, branco e amarelo;
Localização: Parte superior da cabeça;
Função: Ligado as formas de pensamento, fonte de vibração energética. É a ligação com a Fonte de Energia Superiora (Dues)
Órgãos: Cérebro;
Desequilíbrio: Anulação, perda de contato com a realidade e falta de ideal.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Círculos

Estava pensando na vida e me surgiu uma questão. Qual o significado da forma e do movimento dos Planetas?
Segundo o que temos de conhecimento, em termos científicos, sabesse que os Planetas tem forma arrendodada, assim como temos conhecimento que todos eles giram em seu eixo e também fazem uma trajetória em torno do Sol. Procurando uma resposta para isso, me veio a mente como a vida também tem esta forma (também faz movimentos no seu eixo). Se olharmos com atenção, percebemos que damos várias voltas ao redor de nós durante a vida. Enecerramos uma fase e iniciamos outra(uma volta completa). Assim como podemos estar num período muito produtivo e fértil, passamos também pela depressão.
Segundo a tradição Hermética, O que está no alto é como o que está em baixo. Olhando sob este prisma, tanto o movimento dos planetas, como sua forma, realmente são uma representação muito digna da nossa trajetória de vida.
Vivemos de forma cíclica, passando por altos e baixos, tendo que recomeçar várias vezes. Todo dia, quando acordamos, estamos começando(terminando) um ciclo. A cada aniversário, um ciclo diferente.
Como acontece com os Planetas, cada pessoa tem seus ciclos diferentes, em ritmos diferentes.
Continuando a análise do ponto de vista Espiritual, enquanto estivermos presos neste corpo carnal, com uma densidade energética muito semelhante a do corpo Físico dos Planetas, teremos como "missão" ir diminuindo o ritmo destes ciclos, até torná-los nulos, atingindo o equilíbrio. Neste estado de equilíbrio, estaremos nos habilitando para subir mais alguns degraus na escala evolutiva, passando a vibrar de forma mais sutil e, criando uma nova série de ciclos evolutivos. Já não precisamos mais voltar a usar uma vestimenta física.
A tendência destes Ciclos Evolutívos é formar uma espiral, começando lá embaixo e subindo cada vez mais alto, rumo ao Infinito (TODO). Surge aqui uma figura emblemática para muitas crenças, sendo esta espiral representada por duas cobras enroscadas, chamada de Khundalini.
Se olharmos com atenção para nossa vida, veremos este simbolismo empregado em diferentes momentos. A aliança dos noivos, Círculos de Poder (bruxaria, xamanismo, ...), a roda (revolução dos transportes), anéis de formatura.
Pensando na grandeza de tudo que Deus criou, imagino que a perfeição deste simbolismo está no fato de que num círculo (bola, espiral,...) temos a noção do infinito, não temos como determinar um ponto inicial e nem um ponto final. Eles são interligados, indefinidos. E mesmo que não sejam uniformes (podem ser ovais), são perfeitos. Acredito que seja por isso que os Planetas são arrendondados e tem seus movimentos circulares.


Mta paz e luz
Bjs e abraços
Carlos Eduardo
Porto Algre, 11/11/08

terça-feira, 26 de maio de 2009

Corujas

A coruja está relacionada a Sabedoria, ao Conhecimento. Por ser um animal de hábitos noturnos, fica envolta num clima de mistério.
A capacidade de enxergar melhor no escuro faz com que ela tenha a aptidão de ver as coisas mais obscuras, tendo uma facilidade muito grande de revelar os Segredos mais íntimos dos outros seres.
Possuidora de uma sensibilidade muito aguçada, ela serve como guia para outros animais. Tanto na hora de caçar, como quando precisa auxiliar um ser mais indefeso.
Todo este Misticismo que envolve a coruja, além de todo o Conhecimento que ela possui, podem ser percebidos no seu próprio comportamento. A Aura que a envolve permite que ela se comunique com os dois lados da vida. Ela pode conviver com a Luz, mas também está ligada as Trevas. Este intercâmbio permite que o processo de cura própria seja mais demorado, mas muito mais profundo. Já quando necessita promover a cura de outros companheiros de caminhada, utiliza esta característica para fechar os ferimentos provocados por situações que não são claras, adentrando no ponto mais profundo do Outro, cicatrizando de dentro para fora.
Em diferentes tradições xamânicas encontramos as definições de Animal de Poder e a forma com que eles atuam sobre seus Protegidos. As características Naturais do Animal atuam na personalidade dos seus Protegidos.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Limpeza

Hoje precisei dar uma geral no meu computador.
Comecei lendo mensagens q tenho guardadas. Algumas nunca vão perder a validade, outras, deixaram de ser interessantes. Sei que estas tiveram um papel importante, mas agora já podem voltar para o "nada". Apaguei várias delas. Assim como músicas, programas, fotos e muitos arquivos do passado.
Após isso, limpar os navegadores, desfragmentar o disco e passar o antivírus.
Durante este processo, fui reconhecendo a semelhança com os arquivos que geramos na vida. Cada ato, palavra e pensamento ficaram armazenados. Alguns, precisamos pelo resto da vida, mas muitas destas impressões já não fazem mais sentido. E mesmo que não sejam mais úteis, muitos de nós, insistem em continuar carregando este peso extra.
Cada vez que nos libertamos de alguma destas cargas ficamos mais leves e, com isso, abrimos espaço para que novas sensações sejam incorporadas. O medo, as frustrações, a raiva, a intolerância, entre outras, são energias extremamente densas, pesadas. Quando deixamos que elas fiquem nos sobrecarregando, se entulhando cada vez mais, corremos o risco de perder nosso Eu. Ele fica submerso por estas forças densas, enfraquecendo-se cada vez mais.
Vejo como é importante desfragmentar nosso Ser. Encaixar as peças, criando uma Visão mais real. Algumas pessoas ainda não entenderam que são parte do TODO. Que nosso Mundo Interior reflete o Mundo Exterior. Quanto mais guerras, novelas, crimes e catástrofes eu procurar nos jornais e tvs, mais distante estou de me ver, pois estou procurando me enxergar no "lixo" externo. Consequentemente, este reflexo gerado são as cargas densas que levamos.
Me pergunto o que leva o ser humano em geral a diminuir a velocidade quando passam por um acidente? E a resposta é simples, é bom ver a desgraça do outro, pois assim comparamos com a nossa e percebemos que estamos um pouco melhor. Olhamos para ter certeza que existe alguém em pior condições que nós, que vencemos mais um candidato.
Como no processo de limpeza anterior já abrimos mão de algumas bagagens desnecessárias, agora na desfragmentação do Ser passamos a entender mais sobre nós mesmos. A realmente VER quem somos. A medida que mais peças se encaixam, a Imagem que temos é mais clara. O funcionamento do sistema se torna mais light, com menos "erros".
Depois disso, vamos ainda passar um antivírus, para limpar arquivos que foram implantados sem nosso consentimento, ou melhor, com consentimento, mas inconscientemente. Agora vamos ver quais programas que rodamos são realmente nossos e, quais foram implementados pela sociedade. Nosso Sistema Operacional é muito delicado. A ele se acrescem muitos utilitários, mas também, podem ser acrescidos alguns programas limitadores, que diminuem o rendimento da máquina.
Quando nascemos, a primeira coisa que acontece a maioria é tomar um tapa na bunda. A medida que o tempo vai avançando, vamos sendo limitados de diversas formas, pelos pais, pelas babas, pelos parentes. A sociedade nos diz o que devemos ser e como devemos ser. Não devemos fazer muitas coisas por que machucam. Se eu não for um menino bom, Papai do Céu vai castigar(até Deus é malvado).
Estes vírus funcionam como cavalos de tróia, pois uma limitação cria outra, que cria outra e assim sucessivamente. Elas se reproduzem até que tenhamos medo inclusive de viver.
Como o processo de instalação e funcionamento destas pragas é variável, por mais que tentemos unificar o tratamento, isso se torna inviável. Uma coisa é certa. A reprogramação do Sistema depende das atitudes que resolvemos tomar. Para solucionar o problema criado, precisamos identificar onde ele está. Fazer uma análise em profundidade. Ver quais outros programas podem estar ligados ao arquivo infectado.
Após descoberto e eliminado o arquivo, precisamos criar vacinas próprias contra estas pragas antigas. Abrir espaço para que possamos mudar o S.O., com práticas que nos fundam cada vez ao nosso Eu Interior e, consequentemente, ao TODO.

Paz e luz
Beijos e abraços
Carlos Eduardo
Porto Alegre, 14 de janeiro de 2009

Filosofando

Hoje eu estava fazendo uma faxina em casa. Limpando física e energeticamente.
A medida que ia avançando na limpeza, o cérebro começou a funcionar...rsrsrs (que grande novidade)
Passei a pensar nas mudanças do Planeta, na forma como estamos encarando estas mudanças. Com isso, fui levado até os diferentes "Movimentos" de transformação existentes. Exoterismo, Esoterismo, Religiões, Seitas, cada uma com a sua verdade.
Acredito muito nas forças dos movimentos transformadores, mas ainda tenho uma dificuldade muito grande de aceitar um comportamento que a maioria critica, mas adota na prática.
A idéia geral é a evolução espiritual. Chegasse nela de diferentes formas, cada forma ligada a uma Verdade diferente. Respeito todas as formas, tanto que faço uso de partes de muitas delas. Só fico cada vez mais intrigado é na maneira como ainda fazemos com que a Verdade seja uma mercadoria, onde somente aqueles que tem "merecimento" podem saber a Verdade.
Se no passado o conhecimento era restrito a pequenos grupos secretos, onde era necessário que se provasse ser merecedor de entrar para participar, hoje, a distinção é feita pelo valor que a pessoa pode pagar. Cursos, palestras e atividades afins tem seu valor, muitas vezes "superfaturados". Este é um dos pontos mais atacados dos movimentos místicos. Até que ponto realmente queremos transformar as pessoas e até que ponto queremos apenas ganhar mais algum dinheiro?
O comércio existente é muito amplo. Concordo que devemos nos manter, mas sou contra a exploração.
Esta prática torna o acesso a tais informações e técnicas bem mais difícil. Principalmente quando criamos a obrigação de afiliação a algum órgão responsável. Muiats pessoas poderiam colocar para fora seus dons naturais, ajudar aos outros e, assim, ajudar a si memso. Mas ficam impedidas simplesmente por não terem condições ou vontade de fazer um curso para tirar um diploma. Aí mais uma vez entra o dinheiro e o poder. Só podemos ajudar se formos, no mínimo, técnicos em alguma coisa. De novo, temos que participar de uma "sociedade secreta", detentora única e exclusiva da Verdade.
Acredito que se realmente estamos nos modificando para permitir que as transformações do Planeta sejam menos dolorosas, devemos olhar com mais atenção para este problema antigo que hoje apresenta uma roupagem nova.
Mta paz e luz
Carlos Eduardo

Porto Alegre, 18 de janeiro de 2009

Corpo Físico

Uma das teorias sobre espiritualidade que me fazem pensar muito é sobre o motivo que nós Seres Humanos escolhemos ter um corpo físico denso.
Lembro de já ter lido e ouvido em alguns lugares que escolhemos esta "prisão" para podermos aprender a nos desprender das coisas. Para que sintamos na pele a vontade, o desejo e outras sensações que não são compatíveis com o estado de "Espírito". Estamos ocupando este corpo para que possamos ter um Ego.
Como escolhemos esta prisão material para o Espírito, ele está constantemente tendo que "lutar" por sua sobrevivência. As paixões e desejos que atacam o prisioneiro são intensificadas pela formação social de cada indivíduo. Os ocidentais aprendem a querer dinheiro, poder, posses e pessoas, já os orientais, recebem uma formação um pouco mais espiritual, pensando mais no coletivo que no individuo.
As consequências desta batalha são percebidas através de diferentes doenças. Alguns sofrerm por amor (paixão, tesão,...), outros pq queriam ter mais do que tem, existem também os que ficam doentes por querer controlar aos outros e, assim perdemos as contas dos "motivos" pelos quais adoecemos. Uma das causas de doenças que me chamam muita atenção é quando uma pessoa tem um "Espírito Livre" e precisa entrar em confronto com os paradigmas sociais. Mesmo estando aprisionado, estas pessoas conseguem ser livres. Mas acabam sofrendo pressões de todos os lados. o Diretor do Presídio (Governos) dizem o que ele deve fazer, como deve pensar, querem que sejas submisso. Os agentes penitenciários (família, professores, patrões, chefes,...) cobram as tarefas, disciplinam, mostram a forma correta. O Juiz, este é o pior deles todos, pois ele é o nosso Ego, fica nos julgando por não nos adequarmos as regras vigentes, por sermos diferentes. Por isso precisamos estimular o nosso Defensor Público, nosso Espírito. Colocar nas mãos dele a condição para nos guiar, nos fazer seguir o nosso caminho e não aquele que nos foi traçado pelos outros. Fortalecendo nosso Espírito, estamos criando a liberdade que necessitamos para conviver pacificamente dentro da prisão do corpo.

Mta paz e luz sempre

Porto Alegre, 14 de Março de 2009