domingo, 16 de janeiro de 2011

Divagando sobre o Amor, novamente

Mais um dia de sol escaldante em Porto Alegre.
Novamente estava dando uma organizada em algumas coisas aqui em casa. Arrumei minhas plantas e, depois, limpei o fogão e a cozinha. Curioso que sempre que resolvo arrumar e limpar algo, as idéias fervilham na mente, como se o pensamento aproveitasse para se limpar e organizar também.
Fiquei lembrando de um tópico de discussão que vi num site, principalmente por que o título me pareceu algo incompreensível: amar é um desequilíbrio emocional.
Agora que estou escrevendo ainda sinto um certo calafrio com este assunto.
Fico imaginando Seres como Buda, Jesus Cristo, Madre Tereza de Calcutá, Gandhi, entre outros. Eram todos desequilibrados?
Pois é, continuamos a confundir Amor com paixão e apego.
Se olharmos do ponto de vista energético, o Amor se expressa no quarto chakra (chakra cardíaco). Este chakra é o ponto de equilíbrio entre os três básicos e os três superiores (estou aqui usando a classificação dos 7 chakras principais, apesar de discordar, pois vejo que os chakras das mãos e dos pés também são de extrema importância).
No cardíaco é onde conectamos a razão e a emoção, fazendo com que ambas se misturem e se equilibrem.
Já no amor (paixão, apego, desejo/tesão), usamos o segundo e o terceiro chakras. Tanto que nos casos em que acontece o chamado "amor a primeira vista" sentimos o estômago embrulhar ou uma sensação diferente na região do plexo solar. O chakra umbilical (2º) é quem trabalha no campo da satisfação, já o chakra do Plexo Solar (3º) tem ligação com o fogo, com os impulsos e as conquistas.
Pelas características dos chakras, já podemos identificar a diferença entre Amor e amor, mas vou seguir mais um pouco.
Na visão filosófica, Amar é doação, é não esperar receber nada em troca. Já o amor necessita receber e, o que é pior, precisa receber cada vez mais. Como se fosse uma fogueira, quer mais e mais lenha para se abastecer e, quando não tem, acaba consumindo a pessoa por dentro.
Realmente se pensarmos no amor/paixão/desejo/obsessão (não alimentado pelo outro) veremos que gera não só um desequilíbrio emocional como também biológico. A pele fica áspera, ressecada, os cabelos quebradiços, a cor desaparece, os olhos perdem o brilho, o sistema imunológico cai, a depressão se manifesta, entre tantas outras transformações. Isso porque quem é apaixonado precisa da energia do outro para se nutrir, para se sentir vivo.
Já quem realmente Ama, cria uma energia tão sutil e extremamente poderosa, que envolve todo o seu Ser. Esta energia é expansiva, atingindo todo o ambiente por onde o Ser passa. A pessoa que nutre este sentimento está sempre gerando mais energia e, consequentemente, doando esta energia, sem precisar se conectar a outra fonte de energia, pois ela é a própria fonte de sua energia (na verdade ela aprende a canalizar a Energia Universal).
Lembro de um video onde uma mãe trocava o pneu do carro e o seu filho pequeno brincava quase embaixo do carro, o macaco escorregou e o carro desabou em cima da criança. Esta mãe utilizando da Energia do Amor ergueu o carro com as mãos, transformou o Amor em energia mecânica. Pessoas que se curam ou acordam de anos de coma simplesmente porque receberam o Amor daqueles que a cercam.
Da mesma forma penso naqueles pais que dizem que se tu te relacionares com fulano eles morrem ou, então, quem não quer se separar do seu par e cria doenças ou adoece aos filhos. Esta é energia do amor/paixão, ao invés de ser construtiva ela acaba destruindo. Esta forma de energia também se manifesta pelas coisas, por posses, pelo poder.
Sei que este é um assunto complexo e polêmico. Que para muitas pessoas o amor pode ser dividido em diferentes categorias, mas não consigo deixar de dar a minha opinião.

Tenham sempre muita laz, paz, Amor e harmonia.

Carlos Eduardo

Porto Alegre, 16 de janeiro de 2011.