domingo, 9 de janeiro de 2011

Divagando pelo futuro

Mais um domingo está chegando ao fim. A cidade que estava praticamente deserta, recebe aqueles que foram passar o final de semana fora.
Novamente está bem quente aqui em Porto Alegre. Mesmo depois de uma chuvinha gostosa, a temperatura permanece elevada.
Aproveitei um pedaço da tarde para ver um filme, uma animação chamada Delgo. Este trata das diferenças, da tentativa de dominar aqueles que acreditamos serem menos "evoluídos".
Acho que a mensagem contida nele me fez refletir sobre nossas crenças e atitudes.
Conheço pessoas ligadas as mais diversas religiões, desde as mais radicais até as mais abertas e flexíveis.
Quando me perguntam qual a minha religião, fico sem conseguir dar uma resposta mais objetiva. Alguns dizem que sou espiritualista, outros que sou universalista, ainda tem quem diga que sou reencarnacionista, mas, sou apenas alguém que respeita todas as religiões e que procuro usar aquilo que melhor se enquadra a minha forma de Ser.
Recebo muitas mensagens e e-mails com textos psicografados ou, como modernamente usam, canalizados. Procuro ler todos, mesmo quando vejo que aquilo que está escrito é oposto ao que é dito em outras canalizações da mesma fonte. São tantos mestres, seres estelares e espíritos se manifestando que fica quase impossível de creditar o que é de quem.
Para algumas pessoas que conheço, a religião só se faz dentro de um templo específico, construído pelo Homem para este propósito. Esquecem-se que o Templo maior, nos foi dado a milhões de anos. No exato momento em que o Universo foi criado e, outro Templo foi se constituindo a medida que o nosso Planeta começou a ser gerado.
Recebemos a natureza como uma dádiva, apesar de algumas religiões acreditarem que ela nos foi dada apenas para que a contemplemos. A energia do Sol, da Lua, das plantas e dos animais, assim como as lições que podemos tirar ao nos religarmos (religião) a estes elementos são considerados heréticos, macumba ou qualquer outra nomenclatura pejorativa, por muitas das ditas religiões oficiais.
Como desde alguns milhares de anos, as gerações que vinham surgindo eram cada vez mais "doutrinadas" com ideais de Poder, domínio, competitividade e, consequentemente, com o desligamento do Todo, vimos muitas civilizações serem dizimadas e suas culturas absorvidas.
O respeito ao próximo e a natureza foi substituído pela sede de Poder. As guerras, a miséria, a fome e o sofrimento foram sendo incorporados como algo necessário para que poucos possam alcançar seus objetivos, o domínio sobre aqueles considerados mais fracos.
Hoje desenvolvemos tecnologias que serviriam para melhorar a vida dos Seres Humanos em geral, mas preferimos utilizá-la como fonte de escravizamento das multidões.
Transportamos gás e petróleo por dutos de um país a outro, de uma cidade a outra, do mar para a terra, mas não usamos este mesmo conhecimento para levar água de lugares que anualmente sofrem com enchentes para aqueles que tem problemas de seca. Por que isso? Porque se distribuirmos a água para quem precisa, eles se desenvolvem, crescem e, assim, deixam de ser tão frágeis, manipuláveis.
Usei o exemplo da água, mas podemos ver isso na educação, na saúde e, em todos os ramos necessários ao desenvolvimento pleno das comunidades.
Algumas pessoas me dizem que estamos nos degradando, que perderam a fé de que a situação um dia possa melhorar. Eu continuo acreditando num futuro melhor. Sei que para que possamos realmente criar um Mundo mais igualitário, se faz mais do que necessário que este Mundo em que vivemos hoje passe por esta destruição de tudo aquilo que não serve mais. Para que uma nova base seja erguida, é preciso que o sistema antigo seja derrubado e, que se faça um processo de separação e reciclagem, pois nem tudo o que existe é de todo ruim.
Se queremos um Mundo melhor, comecemos nos tornando melhor para o Mundo. Exercitando a nossa conexão com todo este complexo sistema chamado Universo.


Tenham sempre muita luz, paz, harmonia e Amor.
Carlos Eduardo
Porto Alegre, 9 de janeiro de 2011