terça-feira, 28 de junho de 2011

Divagando sobre aprendizes e buscadores

Hoje estava aqui fazendo uma limpeza básica no apartamento e depois aproveitei para dar uma geral nas minhas plantas. Eis que se não quando a mente passa a divagar (grande novidade...rsrsrs). Várias coisas ligadas a um assunto estavam rondando os pensamentos.
Vou me fixar num ponto que me parece mais relevante.
Quando procuramos um caminho espiritual, normalmente somos classificados como aprendizes. Fiquei matutando se existe alguma diferença entre o aprendiz e o buscador e, nisso me vieram algumas diferenças.
Fui pesquisar o significado das duas palavras e achei uma diferença interessante. Aprendiz é aquele que aprende uma arte ou ofício, podendo ser também usado para uma pessoa que contém pouca experiência, habilidade ou conhecimento. Já o buscador é aquele que busca. Sei que algumas pessoas vão me perguntar onde está a diferença e eu explico. Se um aprendiz é aquele que aprende uma arte ou ofício então, ele ficará engessado pelos conceitos pré-estabelecidos. Já um buscador, irá atrás de outras formas. Este não se preocupará com a rigidez dos conceitos, moldando-os de acordo com sua necessidade.
Um aprendiz seguirá o mestre, um buscador será seu mestre. O buscador pesquisará e experienciará diversas formas, até que consiga formar os seus valores próprios, não se contentará com respostas prontas.
Cheguei neste assunto pois pensava no que estamos vivenciando neste momento. Está surgindo o que se chama de "Nova Era" ou "Era do Espírito". Com isso, surgem diferentes formas de conexão com valores mais espirituais.
Percebo que muitos adeptos desta nova visão continuam extremamente presos aos conceitos antigos. Surgem terapias novas (ou pelo menos com uma nomenclatura mais moderna), livros, palestras e tudo que se pode imaginar com relação a "Nova Era", só que ainda existe o aprisionamento ao materialismo, pois os atendimentos, cursos, palestras e livros custam tanto quanto ou mais que os seus semelhantes tradicionais. A venda de "fórmulas" prontas é a mesma, quando uma "Nova Era" sugere uma modificação dos padrões atuais.
Lembro de quando se iniciou a discussão sobre os Índigos (aqui não falo em crianças índigo, pois muitos adultos de hoje são índigo), das características destes. Uma delas é que estes não aceitam imposições, precisam de motivos para aceitar regras (flexíveis). Estes não se adaptam facilmente ao aprendizado tradicional(não são aprendizes), pois necessitam de desafios, de vivências diferenciadas e de mudanças nos paradigmas atuais (são buscadores). Tanto os Índigos, como as gerações posteriores, não pretendem criar uma "fórmula" fechada, mas tentam expandir a visão global, dando liberdade para que cada indivíduo utilize aquelas ferramentas que mais se enquadram ao seu Ser.
Como não pretendo ser um "mestre", deixo aqui o espaço para que cada um "busque" a sua própria visão.

Tenham sempre muita luz, paz, harmonia e Amor.

Carlos Eduardo
Porto Alegre, 28 de junho de 2011.