terça-feira, 27 de setembro de 2011

Divagando sobre culpa

Fico bastante intrigado com uma série de e-mails e postagens em redes sociais que tenho visto. Quando vêm de mulheres, é dizendo que o homem não presta. Quando é da parte dos homens, é transformando elas em criaturas imbecilizadas.
Hoje mesmo li um artigo de uma psicanalista falando da diferença entre o Amor para um homem e para uma mulher.
Honestamente, não vejo diferença. Só que eu falo de Amor e não de paixão, tesão, afeto, relacionamento.
Este é um assunto que é bastante controverso, mas como já escrevi diversas divagações sobre a minha visão, vou me focar em outro aspecto.
Não sou adepto de citar autores, ainda mais quando discordo daquilo que eles escrevem, mas desta vez farei isso.
Ando com o saco cheio da Martha Medeiros. O ódio que ela tem dos homens, por causa dos relacionamentos fracassados dela, me deixam curioso. Até que ponto realmente os homens são os culpados? E até que ponto ela é a culpada?
Ela escreve muito bem. Mas acredito que deveria ser mais responsável quando se expressa. Culpar os homens pelos fracassos é uma forma fácil de livrar-se daquilo que ela mesma atrai para ela.
Quando se foca em “desmascarar” a canalhice dos homens, acaba que se atrai este tipo de homens. Isso é fato.
Vejo este mesmo comportamento sendo adotado por muitas mulheres. Passam criticando os homens, acham que todos são galinhas, que só querem sexo, que não prestam, enfim, estão focadas exatamente naquilo que não querem. Só que esquecem o poder criativo do pensamento. Atraímos o que pensamos.
Se nos preocupamos em não ficar doentes, a doença se manifestará. Já se o foco for ter saúde, ela será uma constante na nossa vida.
Outro ponto do qual eu já falei, mas que faço questão de frisar, é que é praticamente impossível recebermos aquilo que nós mesmos não nos damos. Se não temos Amor e respeito por nós mesmos, como podemos acreditar que alguém possa nos dar isso?
Se nos tratamos como objetos, valorizando nosso corpo mais do que aquilo que trazemos no nosso interior, se avaliamos as outras pessoas pelo carro, pela roupa, pelas viagens que fazem, enfim, pelo que possuem, como achar que os outros vão nos tratar como um Ser e não como um objeto?
Vejo muita gente querendo aquilo que elas mesmas não se dão. Esperam que o outro “preencha” o seu vazio. E, como isso é impossível, acabam despejando nos outros o peso de sua insatisfação interior.
Insisto nesta tecla, pois acredito que podemos rever nossos conceitos. Acho que apesar de ser mais fácil culpar fulano, seria muito mais digno que fizéssemos o nosso mea culpa, fazendo uma interiorização para identificarmos o que nos leva a repetir determinados padrões.

Tenham sempre muita luz, paz, harmonia e Amor.
Porto Alegre, 27 de setembro de 2011.
Carlos Eduardo