quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Divagação Gaudéria

Buenas Indiada.
Depois de uma noite "longa que nem trova de gago", onde uma dor de dente me fez "saracotear mais que bolacha em boca de banguela", resolvi  apelar ao bom humor.
Vejo que a vida pode ser "tranquila feito água de poço", basta que deixemos as coisas fluírem ao natural. Mas alguns ficam "perdidos que nem cego em tiroteio", e vivem "assustados que nem véia em canoa". Qualquer pequena dificuldade fica "maior que rolha de poço", e vivem "angustiado que nem barata de ponta-cabeça".
Existem pessoas que "vivem faceiras que nem guri que ganhou bola nova", sem se preocuparem com absolutamente nada. Levam tudo na brincadeira, fugindo delas mesmas. Aparentam serem "alegres que nem china em dia de pagamento", mas no fundo são "vazios que nem rancho de pobre".
Para outros, a vida é "leve que nem pena". Mesmo diante das adversidades, conseguem manter a harmonia interior, fazendo a vida ser "gostosa que nem beijo de prima". Estes transformam cada vivência em uma oportunidade de crescimento.
Não importa se tu és "mais fechado que porta de convento", "mais solto que peido em bombacha", "mais nervoso que anão em comício" ou "mais feliz que puta em dia de pagamento do quartel", o que interessa é se existe a vontade de seguir adiante, procurando encontrar a harmonia interior.
Para cada missão de vida, existe uma série de provas e, no final das contas, cada um tem "mais novidades que fábrica de japonês".
Siga seu ritmo, não seja "medroso que nem cascudo atravessando galinheiro", experimente, tente, caia e levante. Ouça o que a natureza lhe mostra, dentro dos seus ciclos, pois se tu ficares "ligado que nem rádio de preso", vais perceber que tudo que nos acontece tem um sentido de ser.
Me despeço deixando um enorme quebra costelas e desejando que todos sejamos "felizes que nem mosca em tampa de xarope".

Carlos Eduardo
Capão da Canoa, 23 de fevereiro de 2012.   
  

Tenham sempre muita luz, paz, harmonia e Amor.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Divagando sobre o perdão

Por muito tempo eu acreditei que precisava que algumas pessoas me pedissem perdão para que eu conseguisse seguir adiante. Hoje percebo que mesmo que o Universo se materializasse, utilizando uma forma humana, e me pedisse perdão, eu continuaria preso, pois nada e nem ninguém teria o poder de me perdoar.
Fui eu mesmo quem me perdi, quem criei a imagem do incompreendido, quem assumiu a carga de ofendido. E, enquanto eu não me desse o perdão que queria dos outros, jamais iria conseguir me desfazer do peso emocional que me deixava apático.
Aos poucos estou me permitindo fazer as pazes comigo mesmo e, desta forma, sentindo o perdão atuar nas minhas relações.
Não digo que esta seja uma atividade fácil, mas também não considero como algo difícil. Também não estou me prendendo ao grau de dificuldade e muito menos a estipular um prazo para que eu consuma esta empreitada. Estou fazendo algo que preguei muito, deixando a transformação fluir.
Sinto o processo se desenrolar lenta e gradualmente, até porque algumas questões que precisam ser trabalhadas estão arraigadas bem lá no fundo e, seria praticamente impossível trazê-las à tona sem antes ir abrindo caminho pelas camadas mais externas.
A medida que avanço, vou me sentindo mais conectado com meu Eu e, consequentemente, com o Todo.
Poderia pedir perdão as pessoas que convivem ou que conviveram comigo, mas por enquanto prefiro continuar focado no meu Interior, até porque este irá refletir no exterior.

Carlos Eduardo
Capão da Canoa, 22 de fevereiro de 2012