sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Divagando sobre revoluções

Pois é. Depois de um bom tempo sem escrever, eis-me aqui de volta.
Novamente estava preparando uma poção mágica para limpar meu apartamento, quando senti necessidade de escrever um pouco. Não que eu tenha parado de escrever, pois tenho escrito muito, mas as divagações andavam de férias.
Mais uma vez o final de ano se aproxima. Faltando menos de um mês e meio, já dá para dizer que este foi um ano de revoluções para quase todos que eu conheço.
Algumas pessoas passaram por pequenas revoluções, mas para outros, foi como se o seu Mundo tivesse sofrido um terremoto seguido de um tsunami.
No meu caso, foram várias pequenas mudanças. Várias significativas, outras apenas serviram para me libertar de prisões auto-impostas.
Algumas pessoas entraram no meu caminho, outras se despediram. Ciclos se iniciaram e outros se encerraram. Sei que isso acontece em todos os anos, mas neste, a mexida foi mais profunda.
Curiosamente, enquanto escrevo, me lembro de uma pessoa que surgiu e sumiu como se fosse uma tempestade. Esta me acusou de ser teórico. Que sei minha missão mas não faço nada, fico apenas escrevendo sem agir. Será que é verdade isso? Será que o fato de eu escrever não é uma forma de ação? Será que quando divago, não estou ajudando algumas pessoas a compreenderem seu Eu-Interior?
Talvez o fato de eu ser expansivo e não me deixar ser propriedade de ninguém provoque este tipo de reação. A maioria das pessoas quer exclusividade. Quer tratamento VIP. Mas como não sou de distinguir as pessoas que eu gosto e procuro tratar todas do mesmo modo, parece que desagrado aqueles que são mais carentes, ciumentos e possessivos. Mas tudo bem, cada um tem o seu próprio processo evolutivo.
Voltando as mudanças, vejo que muita gente que se considerava cética, passou a acreditar na sua religiosidade, indiferente da crença.
Conceitos que estavam bem arraigados começaram a perder força, dando espaço a novos ideais.
A instabilidade emocional foi frequente, assumindo picos inimagináveis para quase todo mundo. Como se todos sofressem surtos de bipolaridade.
Esta quebra emocional é o início de uma mudança interior, uma ruptura com os padrões do passado.
Espero que consigamos ao invés de ficarmos nos lamentando sobre aquilo que perdemos, consigamos vislumbrar tempos melhores, que não nos deixemos abater pelas pedras no caminho, mas sim que usemos elas para construir uma escada que nos leve para cima.

Tenham sempre muita luz, paz, harmonia e Amor.

Carlos Eduardo
Porto Alegre, 18 de novembro de 2011.