quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Divagando de vivências com crianças

Tenho algumas paixões nesta vida. Dentre elas estão a necessidade de estar em contato com a natureza, a facilidade de lidar com as crianças e cozinhar.
Em um destes dias que podemos considerar como iluminados, consegui aliar duas destas paixões.
Estava sentado perto da beira do Guaíba, em Ipanema. Como sempre, acompanhado do meu chimarrão. Fazia uma tarde maravilhosa de primavera, uma temperatura extremamente agradável. Levei um livro junto.
Enquanto mateava , sentindo o pulsar do Guaiba, com pequenas marolas provocadas pela suave brisa que amenizava o calor do sol, deixava que a energia do Astro Rei envolvesse todo meu Ser. Mesmo com diversas pessoas me cercando, consegui me desligar do barulho ao redor. A sintonia entre o meu Eu e os ritmos da natureza criava uma realidade diferenciada, produzindo a utilização de todos os sentidos, para que, conforme diz o nome, possamos Sentir esta realidade. Ela pulsa e nós pulsamos com ela. Passamos a fazer parte da natureza e não de uma sociedade.
Quando entramos neste processo, abrimos uma conexão direta com o Todo, nos ligamos a Energia Básica. Ao entrarmos em equilíbrio com a energia elemental, sentimos uma enorme Paz, somos tomados por uma vibração extremamente sutil. O nosso Ego para de encher nossa mente com pensamentos e simplesmente contempla a beleza do momento.
Toda esta integração abre a porta para que momentos mágicos aconteçam.
Sinto uma presença ao meu lado. Ao olhar para o lado, tem um guri de 5 anos sentado do meu lado. Dou um sorriso para ele. Ele olha dentro dos meus olhos, sorri e me pergunta o que eu tava fazendo. Respondi que estava "conversando" com a natureza. Dentro da sua inocência disse que ele também conversava com a natureza, pedindo que todos na sua família ficassem bem.
Ele avistou uma lancha e falou que um dia ainda ia andar numa. Que adorava água e praia. Eu disse que eu também gostava e que por isso ia conversar com natureza na beira do Guaiba. Novamente ele me olha dentro do olho, e pergunta se eu tenho filho. Me espantei com a pergunta e respondi que ainda não.
Fomos interrompidos depois de uns 15 minutos, quando a mãe do guri percebe que ele não estava perto do banco em que ela estava. Quando chegou onde estavamos, uns 10 metros, perguntou ao piá o que ele estava fazendo, e que não era para ele ficar me incomodando. Ele olhou para ela e disse: - Estou conversando com o meu amigo. Aí eu disse para ela que ele não estava atrapalhando, que estávamos conversando.
Como toda mãe que se preocupa com o filho, ainda mais se este está com um estranho, quer saber sobre o que conversávamos. Ao que o guri diz que falávamos da natureza e da água. Espantada, ela quer saber mais. Se senta ao lado dele e ficamos conversando mais um pouco. Dei parabéns para ela por ter uma criança tão inteligente e pura. Ela me disse que realmente não acreditava no que tinha acontecido. Que o filho nunca tinha conversado com ninguém estranho. E que com ela, ele não falava aquelas coisas.
Nos despedimos.
Fiquei mais um tempo ali, ainda conectado na vibração do Todo. Extremamente gratificado pela presença daquele pequeno anjo, agradeci pela maravilhosa experiência, pelo aprendizado que aquele piá me transmitiu. A pureza e a luz emanadas por ele foram uma grande benção, que guardo com muito carinho no meu arquivo interior.

Tenham muita luz, paz, harmonia e Amor.

Carlos Eduardo
Porto Alegre, 23 de setembro de 2010.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Divagando sobre experiências2

Estava relembrando de coisas do passado. De algumas experiências que já tive.
Lembro de uma noite em que chovia muito aqui em Porto Alegre. Eu morava sozinho na casa onde eu passei quase toda a minha vida.
Me preparava para ir deitar. Já estava no quarto, ouvindo música e lendo. Daqui a pouco a campainha começa a tocar, insistentemente.
Levantei e fui até a porta da frente para ver quem estava tocando. Para minha surpresa, não havia ninguém, mas a campainha não parava. Acreditando que poderia ser um curto por causa de alguma goteira, peguei uma escada e cortei os fios que ligam a campainha. Como ela parou de tocar, achei que o problema estava parcialmente resolvido.
Voltei para o quarto e retomei a minha leitura. Para meu espanto total, passados alguns minutos, a campainha voltou a se manifestar e, junto com o seu toque, senti um calafrio que subia da base da coluna até a região do pescoço. Na parte traseira do meu pescoço sentia como se houvesse um formigueiro enorme, com todas as formigas me mordiscando ao mesmo tempo.
Fechei o livro, desliguei o som, e comecei a conversar com meu Anjo da Guarda e outros Amigos Lá de Cima. Aos poucos a sensação pesada foi se dissipando, bem como a campainha silenciou. Agradeci aos Irmãos que vieram me prestar socorro e acabei adormecendo.
Em uma outra ocasião, numa virada de ano, eu estava acompanhado por uma ex-namorada. Estávamos indo da parte dos fundos da casa para a parte da frente. Exatamente no mesmo corredor onde fica a tal campainha aconteceu mais uma coisa estranha. As luzes estavam desligadas e eu de brincadeira disse: - Estou com medo do escuro. Foi eu terminar a frase e a luz do corredor se ligou.
Ela me olhou e perguntou se eu tinha ligado a luz, mas era impossível, pois nos encontrávamos exatamente no meio do corredor, onde não existia nenhum interruptor.
Recordo também de estar assistindo um documentário sobre civilizações antigas na TV. De repente simplesmente a TV se desligou. Achei que tinha dado alguma queda de luz, com isso peguei o controle remoto e tentei religar, só que não dava nem sinal. Me levantei e fui ver o que poderia estar errado. Ao olhar para a tomada, veio a surpresa. Simplesmente o fio da TV estava desconectado da tomada. Chamei mais uma vez meus Amigos, conversei com eles e procurei terminar de assistir o documentário, o que foi quase impossível pois a esta altura meus pensamentos procuravam entender o que aconteceu.
Assim como aconteceu com a TV, aconteceu algumas vezes com o meu aparelho de som algo semelhante. Só que no caso do som, simplesmente ele se desligava, normalmente quando eu ouvia alguns cds de meditação. Mas também aconteceu uma vez de ter faltado luz em toda a casa e somente o som ficar ligado, tocando um destes cds.
Tem uma outra experiência que não ocorreu na minha casa. Um grupo de amigos se reuniu num barzinho em Ipanema. Eu estava sentado ao lado de uma grande amiga, com a qual várias vezes conversei sobre assuntos ligados a espiritualidade. Conversávamos bem tranquilos quando ouvimos um espirro vindo de trás de onde estávamos sentados. Os dois olhamos para ver quem era. Só que não havia ninguém ali. Nos olhamos e começamos a rir. Ninguém na mesa entendeu nada, mas preferimos não comentar o que acontecera.
É interessante eu ter me lembrado destes acontecimentos exatamente no momento em que estou organizando as minhas coisas para mais uma mudança.
Sou grato por ter passado por algumas destas experiências com outras pessoas. Pois assim não fico pensando que é tudo coisa da minha imaginação fértil.

Tenham muita luz, paz, harmonia e Amor sempre.

Carlos Eduardo
Porto Alegre, 20 de setembro de 2010.