quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Divagando sobre a teoria dos espelhos

Desde ontem uma coisa vem se fazendo presente nos meus pensamentos. É aquilo que algumas correntes psicoterápicas chamam de "Teoria dos Espelhos".
Casualmente hoje, lendo um livro que se chama "Tratado Geral sobre a Fofoca", esta ideia aparece com relação a fofoca. Segundo o autor, a fofoca é a expressão do nosso interior em relação ao exterior.
Já tem muito tempo que presto atenção na Teoria dos Espelhos. Vejo que as pessoas desconfiadas são aquelas que mais aprontam e, acabam "julgando" os outros de acordo com aquilo que elas mesmas fazem.
Percebo que nas diversas redes sociais que participo este comportamento se faz muito presente. Se eu mando algum "presente" para uma amiga é sinal que estou dando mole, se ela me manda algo é porque está afim, mas quando uma terceira pessoa faz o mesmo é porque é carinhosa e se recebe é simplesmente porque quem mandou está fazendo um agrado. Já recebi criticas pelo meu modo de ser, chegando a mais de uma vez me dizerem que eu "atiro para tudo que é lado", mas estas mesmas pessoas que criticam fazem o mesmo, só que é porque estão demonstrando o carinho que sentem.
Peguei alguns exemplos simples, mas podemos verificar que esta teoria se enquadra nos mais variados momentos da nossa vida. Inclusive quando gostamos/detestamos alguém.
Normalmente gostamos daqueles que são ou iguais a nós mesmos ou parecidos a quem gostaríamos que fossemos e detestamos aqueles que apresentam as nossas piores características ou que se comportam de forma que não consideramos a melhor. Isso quer dizer, nos associamos ao nosso reflexo positivo ou negativo.
Sempre vamos ouvir alguém falar que a melhor forma de educar uma criança é através do exemplo, e aí vemos a Teoria do Espelho sendo aplicada. De nada adianta um pai dizer que o filho tem que ser honesto e, quando vai buscar o mesmo na escola, estaciona em fila dupla, ou então ao fazer uma compra e receber troco a mais, embolsar o mesmo. O exemplo dado é diferente do discurso e, a imagem fala mais forte que as palavras.

Carlos Eduardo
Porto Alegre, 02 de agosto de 2011.
Tenham sempre muita luz, paz, harmonia e Amor.

http://cemnunes.blogspot.com/

Divagando sobre orgânicos e aditivados

É, depois de muita chuva, hoje o dia amanhece com um sol radiante. Curiosamente, no instante em que começo a escrever este texto, olho no relógio, 9:09 da manhã. Para muitos, o dia começou faz tempo, para outros, como eu, ainda é hora de estar sonhando. Tenho passado por esta situação diferenciada para mim, mesmo indo dormir 2, 3, 4, 5 da manhã, em alguns dias acordo 8 e pouco, como aconteceu hoje.
Fiz meu chimarrão e fui ler meus e-mails. Propagandas e mais propagandas. Desde lojas de eletro-eletrônicos até produtos e serviços para aumento peniano. Sem contar é claro os e-mails pedindo para recadastrar meus dados no Banco do Brasil, no Santander, no Itaú, assim como já tem alguns dias que recebo um e-mail dizendo que em 24 horas minha conta do Hotmail vai ser cancelada pois no dia 20 de Julho eu estava enviando "spam silencioso"(como acordei de bom humor, fiquei imaginando o que seria um spam barulhento...rsrsrsrs).
Aos poucos, uma imagem foi se formando na minha mente. Vi uma pequena horta que tinha na casa que eu morava. Meus temperos e tomates, tudo plantado de forma orgânica.
Nisso, outras imagens se passaram, criando um mosaico relativamente complexo.
As pessoas que já tiveram a oportunidade de utilizar produtos orgânicos, já devem ter percebido que estes apresentam diferenças gritantes dos produzidos de forma tradicional (nos quais se colocam químicos para evitar pragas). Os orgânicos são menores, com uma cor mais viva, mais polpa e um sabor indescritível. Já os "aditivados" são maiores, lustrosos, com uma polpa menos carnuda e um sabor um tanto igual. Apesar da aparência mais bonita dos tradicionais, eles perdem boa parte de seus nutrientes devido a enorme quantidade de defensivos químicos utilizados na sua produção.
Desta mesma forma eu vejo as pessoas. Agora que entramos no mês de agosto, começa aquela corrida desenfreada atrás das academias. Muitos querem perder os quilinhos a mais. Ficar com o peito definido, o bumbum e coxas duras e a barriga tanquinho para o verão. Enquanto outros estão mais preocupados em manterem sua forma "espiritual/energética".
Conheço pessoas que procuram malhar por recomendação médica, que no início estão atrás de uma melhor saúde, mas que com o passar do tempo vão sendo engolidos pela vibração narcisística que se faz presente em academias. O que antes era uma forma de ficar com mais saúde física se transforma em falta de saúde emocional. Alguns usam o mesmo tempo na frente do espelho se "maravilhando" com o corpo, com o gasto com os aparelhos e exercícios. Sendo que em muitos casos dizem que precisariam de um dia maior para poderem realizar todas suas tarefas, mas não abrem mão daquele período diário de malhação.
Desta mesma forma, existem os que ocupam suas horas com o auto-conhecimento. Leem, meditam, frequentam Igrejas e outros templos, ou simplesmente procuram um lugar tranquilo no meio da natureza para se conectarem com o Todo. Ao invés de contarem as rugas, cabelos brancos, quilos extras, tentam transformar cada segundo em uma experiência de equilíbrio e paz.
Espero que entendam que não procuro generalizar. Que da mesma forma que existem atletas conscientes, também existem "espiritualistas" desequilibrados.
Vou parando por aqui, até porque não quero encher ninguém de abobrinhas...rsrsrs

Carlos Eduardo
Porto Alegre, 4 de agosto de 2011.

Tenham sempre muita luz, paz, harmonia e Amor.