terça-feira, 15 de março de 2011

Divagando sobre energia e bebês

Depois de duas noites onde viajei pelos dois mundos, onde os vivos se misturaram aos mortos, acabei hoje "caindo" da cama as 7 e 15 da manhã.
Aproveitei para dar uma limpada nos e-mails e também nas várias mensagens que tinha guardadas no computador (exclui mais de 600).
Fiquei aqui pensando em como as energias se manifestam na nossa vida e, nisso, me veio a imagem do meu sobrinho mais novo.
Sempre que ele chega em algum lugar diferente ele fica meio arredio, as vezes choramingando. Para alguns é manha, outros acham que ele é mimado e, por aí vai.
Eu, já acredito que o motivo é outro.
Tudo é energia. E as crianças, principalmente as que ainda não chegaram aos 3 anos de idade, tem uma facilidade de captar os diferentes padrões vibratórios de um ambiente. Como elas ainda não estão impregnadas dos conceitos, elas simplesmente sentem esta variação, identificando apenas o que é sutil e o que é denso.
Ao passarem a maior parte do tempo na companhia dos pais, se habituam ao padrão vibratório dos mesmos. Com isso, qualquer mudança muito brusca, causa estranheza aos pequenos, principalmente se esta mudança for para níveis mais densos de vibração, pois eles acabam sentindo um peso com o qual não aprenderam a lidar.
Agora imagine este pequeno ser chegar num local com várias pessoas. Onde cada uma vibra de acordo com seus pensamentos, com seus sentimentos e com a sua forma de viver. Eles são colocados em contato com diferentes padrões, tudo ao mesmo tempo. Ficam completamente perdidos nesta confusão energética.
Para eles é como se tivessem levado um choque, pois num mesmo local se deparam com muitos estímulos completamente diferentes.
Algumas pessoas, mesmo depois de adultas, ainda mantém esta característica. Mas, na maioria dos casos, esta facilidade de se "conectar" vai sendo abafada a medida que vamos nos enchendo dos pré-conceitos que nos são transmitidos. Vamos nos desligando do Todo enquanto estamos aprendendo as coisas que nos são impostas socialmente.
Como os bebês ainda são pequenas antenas, que não tem a menor idéia dos diferentes canais que conseguem captar e, consequentemente, acabam sintonizando todos eles ao mesmo tempo. Sentem a felicidade de alguns, os medos de outros, as angústias, tristezas, raivas, enfim, pegam tudo o que está passando com quem está ao seu redor. Como trazem apenas noção do que está acontecendo, mas não conseguem colocar elas numa ordem mais prática, isso gera uma confusão tremenda dentro da cabecinha delas, o que acaba refletindo no seu comportamento.
Isto explica porque eles ficam tão presos aos pais, principalmente a mãe, pois é um padrão vibratório conhecido, com o qual estão acostumados a lidar diariamente.

Porto Alegre, 15 de março de 2011.
Carlos Eduardo