sábado, 20 de agosto de 2011

Divagando sobre Deus

Acho que ando precisando meditar mais. Atualmente, basta eu parar que as divagações começam a pulular pelos quatro cantos da minha mente.
Agora, por exemplo, estava almoçando e as idéias começaram a jorrar como se fossem um vulcão em erupção.
Veio uma frase que já tem muito tempo me deixa inquieto. "Deus é fiel". Seria então Ele, o Todo Poderoso, corintiano???(rsrsrsrs)
Falando sério, qual das diversas faces de Deus é fiel? O Deus raivoso que nos manda entrar em uma Guerra Santa contra os que tem crenças diversas das nossas? Ou seria Aquele que nos deixou de herança o pecado cometido por Adão e Eva? Talvez sejam os(as) diversos(as) Deuses(as) do Olimpo, que na grande maioria eram casados, mas tinham uma prole de vários outros? Poderia aqui citar os mais variados aspectos de Deus, independente de qualquer religião.
Fico me perguntando qual o verdadeiro sentido de: "Fomos todos feitos à sua imagem e semelhança"? Principalmente quando vejo ser pregado que Deus está lá no alto, num lugar praticamente inatingível, onde somente se eu fizer tudo certo (certo para quem?) merecerei chegar.
Se somos sua imagem e semelhança, só consigo concluir que Ele não está lá em cima, ou dos lados, ou abaixo. Ele está dentro de cada um, ou melhor dizendo, cada um de nós é Deus.
Sei que a esta altura já tem muita gente pensando que sou ateu, pagão, adorar do diabo, entre tantas outras coisas, mas talvez eu seja apenas alguém que está procurando assumir a sua responsabilidade e não colocando ela nas mãos D'Ele.
Se minha vida é ruim, não é porque carrego a herança de Adão e Eva, mas sim porque em muitos momentos fiz opções que me levaram para baixo. Já se minha vida é boa, também não é simplesmente porque assim Ele quer, isso acontece pois resolvi seguir um caminho mais elevado.
Outro questionamento que me faço seguido é sobre Deus ser Pai. Se ele é Pai, quem é a Mãe? Pois até onde sei, não existe a possibilidade de nada ser gerado sem que o princípio feminino e o masculino interajam. Seria este mais um legado do pensamento Patriarcal? Ou Deus, dentro da sua perfeição carrega os dois princípios?
Antes que acendam fogueiras e me queimem em praça pública, deixo uma saudação especial. Namastê, ou seja, o Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você.

Tenham sempre muita luz, paz, harmonia e Amor.

Porto Alegre, 20 de agosto de 2011.
Carlos Eduardo

http://cemnunes.blogspot.com/

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Divagando livremente

Lá vou eu mais uma vez escrever após dar uma limpada no apartamento.
Enquanto limpava, várias coisas que me aconteceram neste último mês foram ressurgindo.
Lembrei de uma frase que foi dita no meio de uma reunião, depois da qual foi praticamente impossível prosseguir. Nesta, se discutia sobre o descarte de equipamentos eletro-eletrônicos. Nisso eu dei a sugestão de que ao invés de se preocuparem apenas com o descarte, deveriam pensar no reaproveitamento destes, desmontar os semelhantes e aproveitar as peças em bom estado para montar equipamentos que funcionassem, para depois sim se descartar aquilo que não fosse aproveitado. No meio das conversas, um se levanta e diz, em alto e bom som: "Agora eu vou chupar o pau da barraca..." (como o pau da barraca era dele, ele podia fazer o que bem entendesse, mas eu preferiria chutar o pau da barraca...rsrsrs). Nem preciso dizer como terminou.
Também acabei lembrando sobre um comentário que deixei para uma amiga, sobre a diferença de comemorar e celebrar. Apesar dos dois termos aparecerem como sinônimos, existe uma diferença nos sentimentos que as duas palavras geram. Quando falamos em comemorar, estamos nos referindo a algum acontecimento bom, portanto, estamos atraindo a atenção das pessoas para a nossa felicidade. Desta forma, acabamos também fazendo com que aqueles que nos invejam ou que simplesmente não gostam de nós, desmereçam o que estamos sentindo. Já o celebrar está mais relacionado a partilhar, a união de pessoas em torno de um ideal comum. Celebrar é mais uma forma de agradecimento do que uma festa propriamente dita. Em diferentes culturas antigas existiam celebrações, onde a comunhão se dava através de músicas, danças, comidas e bebidas, criando uma aura de alegria, paz e união.
Podemos ver esta diferença quando falamos em casamentos. Quando um casal se une, celebramos a isto, já a cada novo ano de matrimônio nós comemoramos o aniversário deste casamento. A celebração é um processo mais ritualístico, uma forma de pedir a benção e de agradecer pelas bençãos recebidas. A comemoração aparece mais como uma forma de exteriorizar a felicidade por algum determinado motivo.
A medida que esta ideia foi se desenvolvendo, um outro assunto se juntou.
Fiquei pensando na quantidade de vezes que eu culpei alguém por fatos que me aconteceram.
Com o passar dos anos, consegui entender que não existem culpados. Que tudo que eu já vivenciei era necessário. Tanto que hoje em dia não me preocupo se estou agindo certo ou errado. Sei que não posso querer colher rosas se eu só plantar abóboras de pescoço, mas também sei que na natureza, abóboras de pescoço e rosas tem a mesma importância, por isso, existe espaço para que se plante ambas.
Buenas, vou parando por aqui, antes que eu acabe fazendo uma enorme salada...rsrsrs

Tenham sempre muita luz, paz, harmonia e Amor.

Carlos Eduardo
Porto Alegre, 19 de agosto de 2011.

http://cemnunes.blogspot.com/

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Divagando sobre Padrões

"... Estados tão tenros e suaves não podem ferir ninguém.
Só se for como água de chuva no deserto, que o deserto odeia porque só então percebe sua aridez.
E clama contra a chuva.
Só se for assim que eles machucam." (Tratado Geral sobre a Fofoca - José Ângelo Gaiarsa)

Dentre muitas partes instigantes deste livro, destaco esta. Talvez por eu pensar muito parecido ou pelo fato de muitas vezes me dizerem que sou um anjo, guru, iluminado, entre outros adjetivos.
Já passei por experiências em que fui agredido por ser direto, por não tentar florear aquilo que precisa ser dito, mas que com o passar do tempo acabou servindo para a pessoa que recebeu a mensagem.
As pessoas estão tão acostumadas com a "normose", com seguirem as ditas regras sociais, que qualquer coisa que as faça mergulhar no seu Eu Interior parece uma agressão.
Percebo como é muito mais fácil seguir o bando, seja a família, o grupo de amigos ou qualquer outro grupo social ao qual pertencemos, do que sermos nós mesmos. Passamos por cima de nossa natureza simplesmente pela necessidade de sermos aceitos. Vivemos como se fôssemos uma porção de argila, a qual precisa ser moldada pelos artesãos sociais. Deixamos que nos formatem para sermos aquilo que esperam da gente, mesmo que isso crie uma série de neuroses e guerras internas.
Muitas vezes passo por este dilema, como ser eu mesmo se para os padrões sociais eu sou um "marginal"(vivo a margem das convenções, daquilo que é considerado o certo)?
Sou o Dr. Jekill ou o Mr. Hyde? Sinceramente, que cada um faça a sua própria definição de quem sou, pois sei que por mais que tentem me explicar, jamais conseguirão chegar a um décimo de quem realmente sou.

Carlos Eduardo
Porto Alegre, 17 de agosto de 2011.

Tenham sempre muita luz, paz, harmonia e Amor.