Tem momentos em que pareço
ausente, distante. Mas na verdade estou organizando a casa.
Durante o dia muita coisa vai
sendo acumulada, bem mais do que realmente somos capazes de processar.
Sensações do contato com pessoas, ambientes, sons, cores, cheiros, energias as
mais variadas e nas mais diferentes nuances.
Toda esta carga nos afeta,
perturbando o nosso senso de realidade. Para cada estímulo externo existe uma
reação interna correspondente.
Quando temos uma forma de
ser/energia expansivo se torna maior a quantidade de vibrações exteriores que
captamos, pois ao ampliarmos o alcance vibracional do nosso campo energético aumentamos
a superfície de contato para interferências.
Dificilmente conseguimos manter
nossa casa 100% limpa. O dia a dia vai deixando acumulo de poeira nos móveis,
os vidros sujam. Mesmo que diariamente façamos pequenas limpezas, chega um
momento que precisamos dar uma faxina geral.
Nosso Ser também se comporta
assim. Por mais que usemos técnicas de proteção, sempre vamos captar energias “sujas”
que vão sendo acumuladas. Podemos fazer assepcias diárias, mas chega um momento
que precisamos dar aquela geral. Esvaziar gavetas, armários e limpar e separar
coisa por coisa. Desfazer-nos do que é lixo, reciclar o que for possível,
devolver aquilo que não nos pertence e, principalmente, demonstrar gratidão por
cada coisa que ali está.
Nestas limpezas é que realmente
vamos colocar nossa casa interior em ordem.
À medida que começamos este
processo, o físico tende a se manifestar, pois estamos saindo da zona de
conforto/proteção. Mesmo que o estado anterior gerasse desconforto, sendo que
em casos extremos pode trazer doenças graves que levam ao óbito, este era um
estado conhecido, portanto, administrável.
Terão momentos de Indiana Jones
nos quais vamos nos deparar com cobras, lagartos e fantasmas, mas que reencontraremos
tesouros que estavam perdidos.
Percebemos quanto lixo carregámos
sem notar, quantos (pré)conceitos estão arraigados no nosso subconsciente sem
que nos demos conta deles, quantas dores e angústias absorvemos dos outros,
quantas cobranças indevidas nos fazemos, quanto tempo perdemos com o que não
importa e quanto tempo deixamos de investir naquilo que realmente nos faz bem.
E assim nos libertamos de muitas
cargas extras e desnecessárias, abrindo espaço para novas vibrações.
Porto Alegre, 28 de setembro de
2013.
Carlos Eduardo
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