segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Divagando borboletas e outros bichos.

Para alguns povos, nós humanos estamos ligados a determinados estereótipos naturais.
Estes procuram na natureza as características de cada criatura, traçando um perfil da “persona” de cada espécie.
As corujas trazem o dom de ver aquilo que está oculto, de enxergar no escuro. Além do livre trânsito entre os dois mundos (dia/noite).
De alguma forma estou num período de borboleta.
A lagarta precisa abrir mão dos estímulos externos, se fechar num casulo para poder deixar que a borboleta surja. Ela tem consciência que precisa se interiorizar e “morrer” para poder renascer transformada.
É um processo doloroso e individual.
Se tentarmos ajudar rompendo o casulo, a borboleta fica sem força nas asas, virando um alvo fácil.
Quando ela mesma se desfaz daquela casca, fortalece suas asas (personalidade), adquirindo a capacidade de voar para lugares distantes.
A natureza é sábia. Tudo nela contém em si só um significado simbólico. Quer sejam as quatro estações do ano, as fases da lua, os ciclos das marés, a migração de animais, as interações vibracionais de determinados minerais, o ciclo reprodutivo de plantas, simplesmente tudo representa a natureza humana. Não seguindo fórmulas rígidas de semelhança, mas adaptadas às sutilezas de cada situação.
Como parte integrante desta força maior, também estamos ligados a estes diferentes simbolismos, independente de nossos conceitos e “pré”conceitos, sendo atingidos por eles nos diferentes níveis de nossa existência.
Por mais céticos ou crentes que sejamos, acho que uma coisa é clara para qualquer visão: O que está no alto é como o que está em baixo – o micro e o macro são representações semelhantes em diferentes escalas, da estrutura atômica a formatação do universo.

Carlos Eduardo

Porto Alegre, 17 de agosto de 2013


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