Para alguns povos, nós humanos estamos ligados a
determinados estereótipos naturais.
Estes procuram na natureza as características de cada
criatura, traçando um perfil da “persona” de cada espécie.
As corujas trazem o dom de ver aquilo que está oculto, de
enxergar no escuro. Além do livre trânsito entre os dois mundos (dia/noite).
De alguma forma estou num período de borboleta.
A lagarta precisa abrir mão dos estímulos externos, se
fechar num casulo para poder deixar que a borboleta surja. Ela tem consciência
que precisa se interiorizar e “morrer” para poder renascer transformada.
É um processo doloroso e individual.
Se tentarmos ajudar rompendo o casulo, a borboleta fica sem
força nas asas, virando um alvo fácil.
Quando ela mesma se desfaz daquela casca, fortalece suas
asas (personalidade), adquirindo a capacidade de voar para lugares distantes.
A natureza é sábia. Tudo nela contém em si só um significado
simbólico. Quer sejam as quatro estações do ano, as fases da lua, os ciclos das
marés, a migração de animais, as interações vibracionais de determinados
minerais, o ciclo reprodutivo de plantas, simplesmente tudo representa a
natureza humana. Não seguindo fórmulas rígidas de semelhança, mas adaptadas às
sutilezas de cada situação.
Como parte integrante desta força maior, também estamos
ligados a estes diferentes simbolismos, independente de nossos conceitos e
“pré”conceitos, sendo atingidos por eles nos diferentes níveis de nossa
existência.
Por mais céticos ou crentes que sejamos, acho que uma coisa
é clara para qualquer visão: O que está no alto é como o que está em baixo – o
micro e o macro são representações semelhantes em diferentes escalas, da
estrutura atômica a formatação do universo.
Carlos Eduardo
Porto Alegre, 17 de agosto de 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário