domingo, 16 de junho de 2013

Divagando sobre política.

Lembro que na faculdade tive um professor, acho que era de EPB, que no primeiro dia de aula, após se apresentar, parou na frente da turma e soltou uma pérola:
“Na minha cadeira ninguém tira 10. Este só eu e Deus”.
A primeira prova, em grupo, foi baseada num livro que o próprio professor havia escrito. Acho que li umas cinco vezes. Tiramos o 10.
Vejo tanta gente falando em politicagem e pensando que isso é política.
Por mais romântica que pareça esta definição, ainda acho que seja a melhor em termos significativos do que é política.
“É a arte de nos relacionarmos nas Polis (cidades)”.
Política é a convivência social, e não a defesa de interesses menores.
O que nossos politiqueiros profissionais fazem é a anti-política, uma vez que buscam beneficiar meia dúzia em detrimento de milhares.
A arte política legítima passa bem longe daquilo que é praticado pelos nossos partidos, independente de sigla ou orientação.
Como ainda somos imaturos, deixamos que este coronelismo escravocrata fantasiado de república democrática seja possível. Ao apoiarmos os atuais partidos estamos concordando com este jogo de barganhas, onde os prejudicados sempre são os mesmos, o povo.
Para vermos o nível crítico instaurado nos meandros políticos o grupo que não está no governo se denomina “oposição”, ou seja, eles são contra o próprio povo, uma vez que fazem de tudo para prejudicar quem está no poder, simplesmente para nivelar por baixo a avaliação do governo. Sem falar que dentro dos próprios partidos existem facções contrárias.
Quando vejo tudo isso e as pessoas morrendo por falta de hospitais, a educação caindo cada vez mais, alguns pedaços de estradas no meio dos buracos, a situação do sertão nordestino com a seca enquanto muitos outros lugares passam problemas com as enchentes e a quantidade cada vez maior de desvios de dinheiro público eu me pergunto.
Será que realmente fazemos política?

Carlos Eduardo

Porto Alegre, 16 de junho de 2013.




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