sexta-feira, 14 de junho de 2013

Divagando dúvidas.

Dizem que a vida é uma escola, mas esquecem de dizer que o diploma de conclusão de curso tem como nome atestado de óbito.
Sim, por mais chocante que seja só nos formamos quando deixamos este corpo carnal. Ao nos despirmos deste invólucro, adicionamos mais um título ao nosso currículo, nos fazendo subir ou não os degraus da escala evolutiva.
Isso é tudo que levamos daqui. Nossas vivências. A forma como lidamos com os obstáculos, o nosso poder de doação, o modo com que lidamos com os outros, a nossa integração com a natureza, nossos medos enfrentados e não enfrentados.
Mas como é uma escola, ainda acreditamos que podemos enganar o professor. Copiamos o dever de casa, o que já é triste. Mas vejo gente fazendo pior que isso. Vejo alguns vendendo o dever de casa pronto, só que vendem o seu dever de casa, que não corresponde ao dever de casa do outro.
A comercialização de fórmulas prontas para a prosperidade é um dos pontos que deixam muitos desconfiados com o movimento da nova era. São tantos livros, workshops, terapias e cursos, a preços tão elevados, que deixam algumas dúvidas no ar:

- Haverá uma adequação entre valor e propósito com o passar do tempo ou ainda estaremos atrelados ao modismo?
- Pessoas carentes, indigentes e necessitados não merecem ter acesso às fórmulas da prosperidade?
- Este mercantilismo não vai contra um dos preceitos da prosperidade que diz que quanto mais “damos” (não vendemos), mais recebemos?
- Qual o verdadeiro objetivo, ajudar as pessoas a evoluírem ou ganhar dinheiro?

Entendo que precisamos pagar contas, manter um lar e nossas necessidades. Que em muitos casos existem outras pessoas envolvidas que necessitam de pagamento também, enfim, que temos gastos envolvidos com tudo que nos cerca. Mas acredito que o mercantilismo exagerado acaba levando ao descrédito, uma vez que colocamos o material à frente do espiritual/energético.

Carlos Eduardo

Porto Alegre, 15 de junho de 2013.


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