quinta-feira, 7 de junho de 2012

Divagação sem fim

 Hoje foi um daqueles dias estranhos.
Passei a noite sem conseguir dormir. Meditei, conversei com meus Amigos lá de cima, e mesmo assim nada de conseguir desligar.
Dormi um pouco por volta do meio-dia até umas 3 da tarde.
Saí e fui dar uma caminhada na tarde. Pegar um sol. Normalmente durante minhas caminhadas vou procurando me "sintonizar" com as energias da natureza. Deixando que o Sol vá purificando aquelas energias densas que possam estar influenciando meu momento.
Apesar do frio, foi muito bom.
Quando estava quase chegando em casa, fui agraciado por um daqueles momentos que só pode ser obra Divina.
Normalmente quando pensamos em "anjos", a primeira imagem que nos vem a mente é de uma figura linda, com feições proporcionais, roupas em tons suaves, envoltos em muita luz. Mas a realidade pode ser completamente diferente.
Fui parado por um senhor que lava carros na rua. Este me pediu um cigarro. Como passo por ele quase todos os dias, achei que seria como sempre. Só que desta vez não foi.
Ele estava cheirando a cachaça, bem abatido, triste.
No que lhe alcancei o cigarro, ele começou a me contar sobre um problema que está passando com o enteado. As lágrimas querendo correr pelos olhos, mas ele virava o rosto e tentava secá-las.
Ficamos aproximadamente uma hora conversando. Ele falou sobre a vida dele, dos filhos, dos amigos. Contou coisas extremamente simples, mas que de alguma forma me tocaram profundamente.
A medida que conversávamos, eu sentia uma presença extremamente suave, mas ao mesmo tempo muito forte. Uma sensação que não consigo descrever em palavras.
Quando nos despedimos, eu me sentia leve, como se tivessem retirado todo o peso do meu corpo. 
Foi algo tão intenso e profundo que até para divagar está complicado, pois não consigo encontrar palavras para expressar toda esta experiência.

Porto Alegre, 7 de junho de 2012.
Carlos Eduardo

Tenham sempre muita luz, paz, harmonia e Amor.


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