sábado, 20 de abril de 2013

Utopia do Politicamente Correto.


Quanto mais os anos passam, mais eu concluo que vivo numa realidade paralela.
Na era do politicamente correto, onde se tu não estiveres incluso num dos grupos das chamadas minorias (negros, índios, mulheres, miseráveis, GLS,...) tu simplesmente ficas desassistido.
Onde Heitor Villa-Lobos é acusado de incitar a violência doméstica e contra os animais (não se atira mais o pau no gato e o Cravo e a Rosa não brigam), mas as mesmas crianças que não podem cantar a música original podem se chamar de popozudas, cachorras e se tratarem como meros objetos sexuais (isso não incita a violência contra a mulher, a perversão, a promiscuidade e, menos ainda, a prostituição infantil).
Em que se morre dentro de ambulâncias, filas intermináveis ou nos corredores dos hospitais por falta de saúde pública e fazemos campanha por hospitais veterinários públicos.
Na qual se fazem manifestações pelos direitos dos animais e em casa enche de inseticida e veneno para rato (insetos e ratos não são animais?).
Sem falar que trabalhamos mais e mais tentando obter coisas ficando com menos tempo para usufruir as mesmas.
Quando falo em um Mundo melhor, onde exista harmonia, respeito e Amor, onde trocamos o ter pelo Ser, chamam-me de utópico. Mas ao menos a minha utopia é bem mais coerente do que a “realidade”, pois não cria separações desnecessárias.

Carlos Eduardo

Porto Alegre, 20 de abril de 2013.

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